Recortes de leitura do livro Nosso Lar - Chico Xavier

link para acesso ao livro Nosso Lar completo em PDF

http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/l25.pdf

*************

Gente, ler os livros de Chico Xavier (psicografias ditadas por seus amigos espirituais) é sempre uma viagem super interessante, que te prende até a última gota de atenção. E dentre as narrativas de fatos do mundo espiritual há grandes lições dadas por entidades um pouquinho superiores a nós que tamo encarnados.

Temos anotado essas lições, agora, da leitura da Coleção André Luiz. Aí a questão foi: se são citações tão interessantes, por que não levar pro pessoal no Blog? Assim, vamos lá. Comecemos por
nosso lar - chico xavier
recortes no livro Nosso lar.

Como recortar trechos é algo suuuuper subjetivo, segue o link para acesso ao livro completo em PDF, ok?
http://www.luzespirita.org.br/leitura/pdf/l25.pdf



COMPARTILHANDO MEUS RECORTES E COMENTÁRIOS


1- Este trecho é uma conversa de André Luiz com seu novo amigo, Lísias, em Nosso Lar. 



"A morte do corpo não conduz o homem a situações miraculosas... Todo processo evolutivo implica gradação. Há regiões múltiplas para os desencarnados, como existem planos inúmeros e surpreendentes para as criaturas envolvidas de carne terrestre..."


É uma fala que lembra aquela máxima cristã: na casa de Meu Pai há muitas moradas, lembram?


2- André Luiz narrando o 'primeiro rolé' em Nosso Lar:



Pra quem está tecendo os primeiros contatos com estas narrativas é interessante notar como "o outro lado" é normal. rsrsrsrs. Carros, banho, relógio, tudo faz parte das narrativas de André Luiz em psicografias ao Chico... isto ocorre por que, segundo se vê nos  demais livros da coleção André Luiz, ao redor da Terra há colônias espirituais de transição, onde tudo é muito semelhante à realidade da Crosta (a crosta nada mais é que um plano espiritual muuuuito denso, extremamente material, nosso mundo de espíritos encarnados 😊)


"Decorridas algumas semanas de tratamento ativo, saí, pela primeira vez, em companhia de Lísias. Impressionou-me o espetáculo das ruas. Vastas avenidas, enfeitadas de árvores frondosas. Ar puro, atmosfera de profunda tranquilidade espiritual. Não havia, porém, qualquer sinal de inércia ou de ociosidade, porque as vias públicas estavam repletas. Entidades numerosas iam e vinham. 
Algumas pareciam situar a mente em lugares distantes, mas outras me dirigiam olhares acolhedores. Incumbia-se o companheiro de orientar-me em face das surpresas que surgiam ininterruptas. Percebendo-me as íntimas conjeturas, esclareceu solícito: 
– Estamos no local do Ministério do Auxílio. Tudo o que vemos, edifícios, casas residenciais, representa instituições e abrigos adequados à tarefa de nossa jurisdição. Orientadores, operários e outros serviçais da missão residem aqui. 
Nesta zona, atende-se a doentes, ouvem-se rogativas, selecionam-se preces, preparam-se reencarnações terrenas, organizam-se turmas de socorro aos habitantes do Umbral, ou aos que choram na Terra, estudam-se soluções para todos os processos que se prendem ao sofrimento." 

3- Reencontro de André Luiz com sua mãe no plano espiritual:




"Depois de longa pausa, em que a consciência profunda me advertia solene, minha mãe prosseguiu: – Se é possível aproveitar estes minutos rápidos, em expansões de amor, por que desviá-los para a sombra das lamentações? Regozijemo-nos, filho, e trabalhemos incessantemente. 
Modifica a atitude mental. Conforta-me tua confiança em meu carinho, experimento sublime felicidade em tua ternura filial, mas não posso retroceder nas minhas experiências. Amemo-nos, agora, com o grande e sagrado amor divino. 
Aquelas palavras benditas me despertaram. Guardava a impressão de fluidos vigorosos que partiam do sentimento materno, vitalizando-me o coração. Minha mãe me contemplava desvanecida, mostrando belo sorriso. Ergui-me, respeitoso, e beijei-a na fronte, sentindo-a mais amorosa e mais bela que nunca."

4 - Reencontro de André Luiz com antigo conhecido falecido



"Guardavam-se petrechos da excursão e recolhiam-se animais de serviço, quando a voz de alguém se fez ouvir carinhosamente, a meu lado: 
– André! Você aqui? Muito bem! Que agradável surpresa!... 
Voltei-me surpreendido e reconheci, no Samaritano (assim ele chama os espíritos que auxiliam no resgate de outros no umbral)   que assim falava, o velho Silveira, pessoa de meu conhecimento, a quem meu pai, como negociante inflexível, despojara, um dia, de todos os bens. 
Justo acanhamento dominou-me, então. Quis cumprimentá-lo, corresponder ao gesto afetuoso, mas a lembrança do passado paralisava-me de súbito. Não podia fingir naquele ambiente novo, onde a sinceridade transparecia de todos os semblantes. 
Foi o próprio Silveira que, compreendendo a situação, veio em meu socorro, acrescentando: 
– Francamente, ignorava que você tivesse deixado o corpo e estava longe de pensar que o encontraria em “Nosso Lar”. 
Identificando-lhe a amabilidade espontânea, abracei-o comovido, murmurando palavras de reconhecimento. Quis ensaiar algumas explicações relativamente ao passado, mas não o consegui. 
No fundo, eu desejava pedir desculpas pelo procedimento de meu pai, Levando-o ao extremo de uma falência desastrosa. Naquele instante, eu revia mentalmente o clichê do pretérito. A memória exibia, de novo, o quadro vivo.



5 - Lição da mãe de André Luiz sobre a prática do bem  




O Evangelho de Jesus, meu André – continuou amorosamente –, lembra-nos que há maior alegria em dar que em receber. Aprendamos a concretizar semelhante princípio, no esforço diário a que formos conduzidos pela nossa própria felicidade. Dá sempre, filho meu. Sobretudo, jamais esqueças dar de ti mesmo, em tolerância construtiva, em amor fraternal e divina compreensão. 
A prática do bem exterior é um ensinamento e um apelo, para que cheguemos à prática do bem interior. Jesus deu mais de si para o engrandecimento dos homens, que todos os milionários da Terra congregados no serviço, sublime embora, da caridade material. 
Não te envergonhes de amparar os chaguentos e esclarecer os loucos que penetrem as Câmaras de Retificação, onde identifiquei, espiritualmente, teus serviços, à noite passada. Trabalha, meu filho, fazendo o bem. Em todas as nossas colônias espirituais, como nas esferas do globo, vivem almas inquietas, ansiosas de novidades e distração. 
Sempre que possas, porém, olvida o entretenimento e busca o serviço útil. Assim como eu, indigente como sou, posso ver, em espírito, teus esforços em “Nosso Lar” e seguir as mágoas de teu pai nas zonas umbralinas, Deus nos vê e acompanha a todos, desde o mais lúcido embaixador de sua bondade, aos últimos seres da Criação, muito abaixo dos vermes da Terra. 


6 -  O Próximo trecho cita os perigos do ódio e as oportunidades de reconciliação através da reencarnação. Nesse trecho a gente compreende que na maioria das vezes a família é formada por espíritos que (já) se odiavam antes, por causa de desentendimentos de vidas passadas, e a oportunidade que recebem de estar juntas novamente, em nova reencarnação, é para tentar mudar isso, precisando uns dos outros e ajudando uns aos outros. 

Há famílias que superam o ódio anterior e há famílias em que as pessoas não conseguem essa superação, aí surgem os atritos e ódios que tanto vemos em nossas realidades. 

O esforço de cada membro da família, à luz da Doutrina Espírita Cristã é o de buscar o bem do seu familiar, ajuda-lo a crescer e ser feliz, mesmo quando há atritos, em prol da superação gradativa dos ódios passados.


*Depois de padecimentos verdadeiramente infernais, pelas criações inferiores que inventam para si mesmas – redarguiu a mãe de Lísias –, vão fazer na experiência carnal o que não conseguiram realizar em ambiente estranho ao corpo terrestre. Concede-lhes a Bondade Divina o esquecimento do passado, na organização física do planeta, e vão receber, nos laços da consanguinidade, aqueles de quem se afastaram deliberadamente pelo veneno do ódio ou da incompreensão. 
Daí se infere a oportunidade, cada vez mais viva, da recomendação de Jesus, quando nos aconselha imediata reconciliação com os adversários. O alvitre, antes de tudo, interessa a nós mesmos. Devemos observá-lo em proveito próprio. Quem sabe valer-se do tempo, finda a experiência terrena, ainda que precise voltar aos círculos da carne, pode efetuar sublimes construções espirituais, com relação à paz da consciência, regressando à matéria grosseira, suportando menor bagagem de preocupações. 
Há muitos espíritos que gastam séculos tentando desfazer animosidades e antipatias na existência terrestre e refazendo-as após a desencarnação. O problema do perdão, com Jesus, meu caro André, é problema sério. Não se resolve em conversas. Perdoar verbalmente é questão de palavras; mas aquele que perdoa realmente, precisa mover e remover pesados fardos de outras eras, dentro de si mesmo.


Encerro por aqui as anotações de Nosso Lar, mas a descrição de André Luiz prossegue, cheia de grandes lições pra gente refletir.
Até o próximo livro da Coleção André Luiz.

Xau.

Comentários

Postagens mais visitadas