A Quarta Força e o autoconhecimento

A Quarta Força e o autoconhecimento

No livro O Ser Consciente Joanna de Ângelis cita a 'quarta força' como algo que revoluciona o conhecimento sobre o ser, o alcance de terapias eficientes de auto conhecimento e busca da plenitude e felicidade.

A Quarta Força, assim, seria o entendimento, pela Ciência, do ser enquanto espírito imortal. Em Psicologia tem-se três vertentes de entendimento do ser: a Psicanálise, o Behaviorismo e a Psicologia Humanista. A Quarta Força seria a Psicologia Transpessoal. 

As três primeiras vertentes de entendimento do ser consideram o humano biológico, ou seja, que as determinações genéticas influenciam ou moldam a capacidade do ser de se exprimir desta ou daquela forma, de desenvolver habilidades e inteligência, aplicando-os e tornando-se indivíduos bem sucedidos ou não.

A Quarta Força, por sua vez, diz respeito as correntes de estudos que buscam ir além da concepção material ou biológica do ser humano, investigando-o sob o viés da Parapsicologia, dialogando com o saber espírita, que considera o ser humano a partir da tríade espírito, perispírito e corpo material, cuja consciência sobrevive à morte do corpo e a outro corpo retorna através da reencarnação, em um ciclo de aprendizagens e progresso:

Os avanços da Física Quântica, a Relatividade do Tempo e do espaço, a Teoria da Incerteza, abriram perspectivas psicológicas dantes sequer sonhadas, tendo-se em vista o conceito de vir-a-ser. A abrangência da consciência como estágio mais elevado do processo antropológico-sociológico-psicológico do ser, passou a exigir mais acurada penetração, ampliando o quadro de entendimento dos dementes (autist savant ou sábio idiota) portadores de capacidades e aptidões luminosas, perturbadoras... 

Revelando-se matemáticos, músicos, artistas plásticos, linguistas que, de repente, romperam o véu do silêncio e passaram a se comunicar com lucidez, apresentando dotes de excepcional capacidade realizadora, puseram-se a exigir elucidações que destruam as tradições egativas, atualizando a predominância do Espírito sobre a matéria, da mente sobre o cérebro gravemente danificado, assim demonstrando que preexistem aos órgãos e os sobrevivem, ao invés de serem suas elaborações ou efeito de seus mecanismos (ANGELIS; FRANCO, 1993).

Como sabemos, o espiritismo nos esclarece que as aptidões são adquiridas e acumuladas pelos espíritos (nós), ou seja, na passagem de uma encarnação para a outra não há perda de habilidades. Pode haver latência, para que novas se desenvolvam, mas perdas não ocorrem. Este saber é utilizado na ciência espírita para justificar o fato de algumas pessoas 'dementes' ( a atualidade não mais utiliza este termo) demonstrarem possuir grandes habilidades.

Quarta força, assim, é um ramo do saber que estuda a psiqué, o ser humano, em uma dimensão que o considere como espírito habitando um corpo material, com capacidades que superam o entendimento posto pela ciência comum de nosso tempo. Ciência esta que já avança na direção de novos entendimentos através da Física Quântica, da hipnose, da regressão terapêutica da memória, que tem demonstrado a presença de elementos anteriores à concepção do ser.

A telepatia, a clarividência, os fenômenos retro e precognitivos, as ectoplasmias, os deslocamentos de objetos sem contatos e outros facultaram mais acurados exames do indivíduo, que a análise transpessoal pode abordar com segurança ou neles apoiar-se... O ser humano é constituído de elementos complexos, que escapam a uma observação superficial.

Somente quando estudado na sua plenitude - Espírito, perispírito e matéria - podem-se resolver todos os questionamentos e desafios que o compõem, alargando-lhe as possibilidades de desenvolvimento do deus interno, facultando completude... Essa gigantesca tarefa cabe à moderna Psicologia Transpessoal ou Quarta Força, que inicia um período de real compreensão da criatura como ser indestrutível que é, fadado à felicidade. (ANGELIS; FRANCO, 1993).

E o que isso importa para nós, comunidade LGBTQIA+? Importa muito, uma vez que os mesmos princípios de conhecer o humano para além da matéria, são aplicados a nós e a nossos acúmulos de caracteres masculinos e femininos ao longo das encarnações que vivemos tanto em uma como em outra polaridade. Lembrando ainda que a combinação de tantas vivências resultam na grande variedade de identidades que verificamos entre nós. 

Referência

ÂNGELIS, Espírito Joana de. FRANCO, Divaldo Pereira, médium. O Ser Consciente, 1993. Disponível em:<(Microsoft Word - O Ser Consciente _psicografia Divaldo Pereira Franco - esp\355rito Joanna de \302ngelis_.doc) (comunidades.net)>. acesso em jan 2021

 



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