O universo LGBT: Que povo é esse?

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O universo LGBT: Que povo é esse?

Compreender o outro é fundamental para tratá-lo com dignidade. Se o universo LGBTQIA+ dá um nó em sua cabeça, venha com a gente para esta leitura e conheça-nos!

A nomenclatura LGBTQIA+ segundo Bortoletto (2019) é para expressar a representatividade da comunidade que se encontra em constante transformação e evolução no mundo. De acordo com o pesquisador quando surgem novas questões envolvendo as sexualidades e as identidades de gênero nos âmbitos político e social novas pautas são adicionadas e discutidas ao movimento de luta da comunidade (NOGUEIRA, CAVALCANTI E FERREIRA; 2021)


História do Movimento LGBT


POR: ASSOCIAÇÃO DE JOVENS LGBTI E APOIANTES - PORTUGAL 
https://www.rea.pt/movimento-lgbt/

A origem do Movimento Civil LGBT

O movimento de luta contra a discriminação e de defesa dos direitos das 
populações LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgéneros), tal como o 
conhecemos (com pessoas de todos as áreas da sociedade a organizarem-se e 
com marchas reivindicativas e celebrativas) começou em 1970,  quando da 
marcha que assinalou o primeiro aniversário dos «motins do Stonewall».

Na noite de 28 de junho de 1969 uma rusga habitual no Stonewall Inn, um bar gay
 – que, por sê-lo, era alvo frequente de ações policiais em que o 
comportamento dos agentes era sempre verbalmente agressivo – não acabou 
como as outras. 

Uma mulher resistiu à detenção e as cerca de duzentas pessoas que esperavam 
à porta do Stonewall (o bar havia sido esvaziado pela polícia) responderam 
a um grito de denúncia de «violência policial!» atirando garrafas, pedras e moedas 
contra os agentes. 

Como era sábado à noite e o Stonewall Inn ficava em Greenwich Village, uma 
zona de Nova Iorque que corresponde ao Bairro Alto enquanto zona de vida 
noturna, rapidamente duplicou o número de pessoas envolvidas no protesto.

Os agentes da polícia refugiaram-se no bar, barricando-se, e só não houve 
tiroteio porque no momento em que um dos agentes ia disparar através de uma
 janela se ouviram as sirenes dos carros da polícia que traziam reforços para tentar 
controlar os protestos.

Nas três noites seguintes houve mais manifestações na Christopher Street, a rua 
onde ficava o Stonewall Inn (que, apesar de ter ficado destruído, foi limpo e 
arrumado e abriu novamente na noite de 29 de junho), tendo essas noites ficado 
na memória das pessoas.

Os motins da Christopher Street não foram, contudo, os primeiros protestos e 
gestos de desobediência civil. Já em 1961 tinha havido um protesto à porta de 
esquadra que durou um par de dias. A multidão exigia a libertação de dois 
detidos (durante uma rusga num bar gay ) e ameçava invadir a esquadra se a 
polícia não conseguisse provar que os detidos se encontravam bem.

Antes desta altura as únicas ações levadas a cabo em defesa dos direitos dos 
gays e das lésbicas (na altura ainda não existia consciência de que muitos 
dos problemas que afetam bissexuais e transgéneros são comuns aos dos gays e 
das lésbica) eram ações de organizações conservadoras, que defendiam uma 
imitação acrítica dos modelos heterossexistas patriarcais. Nos EUA a mais
 famosa foi a Matachine Society e na Europa foi a francesa Arcadie 
(esta mais virada para o meio académico e artístico que para o público e a classe 
política).

Entre 1850 e 1933 houve também um importante movimento, na Europa central, 
de luta contra a criminalização dos atos sexuais entre pessoas do mesmo sexo 
e do travestismo. 

O país onde o movimento se organizou e fez intervenções públicas de forma 
mais consistente foi a Alemanha, tendo o sexólogo Magnus Hirschfeld sido o seu 
mais carismático líder. Mas a chegada dos Nazis ao poder acabou, através de
uma repressão brutal, com o movimento (Hirschfeld era homossexual e judeu e 
teve de fugir).

O movimento tal como o conhecemos hoje, com ONGs e campanhas de 
(in)formação do público, desenvolveu as suas linhas ideológicas orientadoras 
durante os anos 70 (a época da teorização da Revolução Sexual, do ambiente 
andrógino e bissexual do glam rock, da celebração do indivíduo e da análise 
epidemiológica dos primeiros casos de SIDA – na altura, o «cancro gay »).

Assim, se é um facto que a homofobia ainda grassa, também é verdade 
que foram eleitas ou nomeadas pessoas assumidamente LGBT para cargos 
públicos/políticos e que a homossexualidade deixou de ser um assunto proibido 
para passar a ser uma realidade abordada nos filmes e séries de televisão
(nem sempre de forma correta), nos telejornais (onde, infelizmente, parece 
imperar a filosofia de «quanto mais espetacular e aberrante, melhor») e em 
algumas salas de aula (geralmente o local onde são proferidas asneiras sem 
que as/os professoras/es disso tenham consciência).



Qual é a diferença entre a homossexualidade e a transexualidade?


POR: ASSOCIAÇÃO DE JOVENS LGBTI E APOIANTES - PORTUGAL

A homossexualidade é uma orientação da atração emocional e sexual. 
Refere-se às pessoas de quem gostamos. 

A transexualidade refere-se a quem sentimos que somos. Diz respeito à nossa 
identidade ou aos papéis sociais, ou seja, às formas de (inter)agir. Refere-se à 
imagem que as pessoas constroem de si mesmas através do vestuário e/ou do 
comportamento (os gestos que fazem, a maneira como falam, as reações que 
têm…). 

Uma pessoa transgénera pode considerar-se homossexual, mas quando as pessoas 
pertencem a um género não binário, podem achar que não faz sentido dizerem-se 
do sexo X e atraídas por pessoas do sexo X ou Y. 

Estas pessoas também se auto-denonimam frequentemente de “queer”.




Transgénero é a mesma coisa que transexual?



POR: ASSOCIAÇÃO DE JOVENS LGBTI E APOIANTES - PORTUGAL

Não necessariamente. Uma pessoa transexual é uma pessoa que sente que a sua 
anatomia e/ou a sua identidade social como homem ou mulher não 
corresponde à sua identidade de género e, normalmente, deseja modificar o seu 
corpo, a sua expressão e a sua identidade legal para que corresponda à sua 
identidade real.

Uma pessoa transgénero não sente, necessariamente, que precisa de modificar o 
seu corpo ou de mudar a sua identidade legal. O transgenerismo pode ser apenas 
uma questão de expressão; ou seja, uma pessoa transgénero pode estar 
completamente confortável com a sua anatomia a com a sua identidade, 
mas ter comportamentos que quebrem, de uma forma óbvia, as normas do 
seu género (exemplos disto incluem cross-dressers, drag queens/kings, ou 
qualquer pessoa que tenha uma apresentação considerada “fora da norma”).

Também é possível uma pessoa transgénero identificar-se com um género 
diferente daquele que lhe foi atribuido à nascença, podendo querer ou não 
modificar o seu corpo de acordo com a sua identidade.




Afinal, o que é gênero e transgênero?


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Hoje em dia, a maioria da população ainda vê “género” como sinónimo 
de “sexo”. No entanto, cada vez mais psicólogos, sociólogos e antropólogos 
defendem que estes dois conceitos são diferentes e que podem até ser 
independentes um do outro. 

O género costuma estar associado à identificação pessoal que cada pessoa 
tem de si própria em relação às noções de masculinidade e feminilidade. 

A maioria das pessoas parece identificar-se como masculina ou feminina, 
havendo também pessoas que não se identificam completamente com 
nenhuma destas noções, ou que se identificam com ambas em diferentes graus. 

Esta identificação não tem necessariamente de estar relacionada com os 
papéis de género (por exemplo, uma mulher não tem de se deixar de 
identificar como mulher se gostar de usar roupa ou tiver hobbies 
“tipicamente masculinos”), nem está relacionada com a nossa anatomia.


Tenho de me identificar apenas como homem ou mulher?


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Não. Existem pessoas que, independentemente da anatomia que tenham, se 
identificam com outros géneros além dos “tradicionais” homem ou mulher. 

Existem já algumas tentativas de atribuir nomes aos géneros que não 
são completamente masculinos ou femininos. 

Normalmente, esses géneros são referidos, coletivamente, como “géneros não 
binários”, porque não estão incluidos no sistema binário tradicional “homem 
ou mulher”. 

Uma pessoa que pertença a um género não binário pode ter qualquer 
expressão de género e pode desejar (ou não) modificar o seu corpo de forma a 
que reflita o género a que pertence.


As pessoas transgénero são reconhecíveis fisicamente?


POR: ASSOCIAÇÃO DE JOVENS LGBTI E APOIANTES - PORTUGAL

Depende. Há pessoas que são visivelmente transgénero porque quebram, de 
uma forma bastante óbvia, os papéis e/ou expectativas de género. Estas 
pessoas podem apresentar, simultaneamente, características tipicamente femininas 
e masculinas, ou podem ter um aspeto andrógino, por exemplo.

No entanto, há pessoas que passam mais despercebidas, podendo apenas 
expressar-se como transgénero em privado, ou podendo o seu transgenerismo ser 
apenas uma questão de identidade (não de expressão) de género.













O que é a Transexualidade


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(No Brasil usa-se o termo transgeneridade e não transgenerismo, como 
adotado em Portugal.)

"Transgenerismo" é a ruptura com os papéis de género tradicionais. 
Na nossa sociedade existem dois papéis sociais “clássicos”: o de homem e o de 
mulher. 

Estes dois papéis sociais estão intimamente ligados à noção de 
“sexo biológico”. Simplificando: espera-se que uma pessoa se comporte de 
determinada maneira em função dos órgãos genitais com que nasceu. 

As pessoas cuja expressão e/ou identidade difere daquilo que a sociedade 
esperaria em relação ao género que lhes foi atribuído, podem ser consideradas 
pessoas transgénero.


O que é a homossexualidade?


O que é que as pessoas geralmente pensam quando ouvem esta palavra? A maioria pensa em "homens e sexo". Mas a homossexualidade não se trata na realidade só de homens e só de sexo. Existem também mulheres que são homossexuais. Elas chamam-se lésbicas, enquanto os homens geralmente são designados de gays. 

Independentemente do sexo por que cada pessoa se interessa, existe na maioria das pessoas uma capacidade para amar. E por amor não queremos dizer só sexo, mas também o desejo de intimidade, afetividade e companheirismo. Na realidade, tanto a homossexualidade, como a heterossexualidade não são muito mais do que isto. Por isso faz todo o sentido escrever a seguinte equação para explicar o que é a homossexualidade: homossexualidade = amor. 

A partir de 1970 começou a surgir uma perspectiva positiva, generalizada, em relação à homossexualidade. A APA (American Psychiatric Association) retirou a homossexualidade do seu "Manual de Diagnóstico e Estatística de Distúrbios Mentais" (DSM) em 1973, depois de rever estudos e provas que revelavam que a homossexualidade não se enquadra nos critérios utilizados na categorização de doenças mentais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) fez o mesmo em 1993. Psicológos e sexólogos chegaram à conclusão de que a homossexualidade é uma variante da normalidade.

Qual é a diferença entre homossexuais, bissexuais e transgéneros?


Resumidamente, os gays e lésbicas são pessoas que sentem atração emocional e sexual por pessoas do mesmo sexo. Os bissexuais são pessoas que podem tanto apaixonar-se por alguém do sexo masculino, como por alguém do sexo feminino. 

O termo transgénero é utilizado para descrever o grupo de pessoas que não se enquadra na forma como as definições de "homem" e "mulher" são concebidas socialmente e inclui transexuais, hemafroditas, andrógenos, travestis e transformistas. Ou seja, ser gay, lésbica ou bissexual refere-se à orientação sexual do indivíduo, enquanto que ser transgénero refere-se à identidade do género do indivíduo.

Os homossexuais são reconhecíveis fisicamente?


A maioria das pessoas nunca pensa que as pessoas que conhecem podem ser homossexuais. Isto quer dizer que a maioria das pessoas assume à partida que todas as pessoas são heterossexuais. Além disso, pensam que têm uma imagem nítida de qual é aparência dos homossexuais: "Todos os gays são efeminados e todas as lésbicas são masculinizadas". Esta é a opinião generalizada, mas não corresponde à realidade. Geralmente não é possível ver a homossexualidade através da aparência. 

Os gays e as lésbicas têm a mesma aparência e agem tal e qual como todas as outras pessoas. As pessoas com maneirismos são uma minoria entre os homossexuais. Porém, se a homossexualidade de repente se tornasse visível, descobririas que já conheceste gays e lésbicas, sem saberes. Talvez a tua melhor amiga, o teu primo, a tua tia, o carteiro, o empregado do supermercado, a tua professora, um deputado do parlamento ou o teu artista favorito sejam homossexuais. 

Na verdade, a invisibilidade dos homossexuais significa que o conhecimento de como lésbicas e gays vivem as suas vidas é muito limitado. Mas como cada vez há mais homossexuais a falarem abertamente das suas vidas, esta invisibilidade está a diminuir. E, aos poucos e poucos, as atitudes negativas em relação aos homossexuais irão também modificar-se.


Quantos homossexuais existem?


Muitos homossexuais apercebem-se desde muito cedo que as suas paixões e interesses estão direcionados para membros do mesmo sexo. Outros não descobrem até mais tarde nas suas vidas o que é que os seus sentimentos querem dizer. Muitos destes encontram-se até em relações heterossexuais, casados e com filhos. Por estas razões é muito difícil determinar quantos homossexuais existem. Mas está estimado que entre 5 a 10% da população é homossexual assumida ou tem sentimentos homossexuais aos quais não corresponde devido à pressão social.

As pessoas podem "tornar-se" homossexuais?


As pessoas não "se tornam" homossexuais, mas antes descobrem essa faceta da sua sexualidade. Para praticamente todos os homossexuais, a homossexualidade não é uma escolha. A única escolha feita, quando decidimos viver a nossa sexualidade plenamente, é a de sermos honestos, de sermos nós próprios e de, acima de tudo, sermos felizes.


Será que sou homossexual?


Uma das questões mais comuns sobre a homossexualidade é de como é que se sabe que se é gay ou lésbica. Não existe uma verdadeira resposta para isso. Muitas pessoas dão-se conta dos seus sentimentos homossexuais mesmo antes de saberem que existe uma palavra para os descrever. 

A muitos jovens é dito que é "só uma fase" pela qual estão a passar, mas raramente é realmente apenas uma fase. Outros têm sentimentos que só mais tarde nas suas vidas foram identificados como homossexuais. Uns compreenderam o que significavam os seus sentimentos através de um relacionamento amoroso. Outros dizem que foram os seus desejos sexuais que os fizeram aperceber-se da sua orientação sexual. 

Estas experiências dependem, até certo ponto, do género da pessoa. Os homens, com mais frequência dos que as mulheres, dão-se conta da sua homossexualidade através da sua sexualidade. Desde muito novos podem ter fantasias sexuais ou sentirem-se atraídos por outros rapazes. A maioria das raparigas apercebe-se da sua homossexualidade através de um relacionamento amoroso e geralmente tiveram muitas amizades especiais ou muito próximas com raparigas antes de se aperceberem de que o que sentem é amor.


O que quer dizer "coming out"?


Muitos homossexuais falam em assumir a sua sexualidade ou de "sair do armário". São expressões usadas para descrever a compreensão e aceitação que uma lésbica ou um gay faz da sua própria homossexualidade e o ousar contactar outros. Mas "assumir-se" também quer dizer falar sobre os nossos sentimentos com as pessoas mais próximas de nós e de quem mais gostamos. 

A experiência de "sair do armário" varia muito de pessoa para pessoa. Algumas pessoas dizem que aconteceu muito depressa e que se sentiram como se de repente todas as peças do puzzle tivessem encaixado perfeitamente. Para outros é um processo longo e difícil, que dura alguns anos ou até mesmo décadas. Frequentemente estas pessoas aperceberam-se do que significavam os seus sentimentos muito antes de finalmente os terem aceite e assumido totalmente. 

Sem dúvida, as circunstâncias em que vivemos ditam o quão difícil é para nós assumirmo-nos. Talvez seja a idade, o local em que se vive, o ambiente familiar ou de trabalho. Também depende da nossa personalidade. Algumas pessoas estão prontas a seguir o seu próprio caminho e não têm medo do que os outros possam pensar. Muitos gays e lésbicas acham que, à partida, as pessoas à sua volta irão evitá-los se souberem que são homossexuais. 

Às vezes há reações negativas, mas a experiência mostra que geralmente acontece justamente o oposto. Pais, familiares, colegas e amigos não só te aceitam, como também apreciam a tua honestidade e coragem e o facto de tomares uma posição de afirmação em relação ao que és.

Qual é a sensação de conhecer outros homossexuais?


O primeiro contacto com outros homossexuais é frequentemente uma experiência extraordinária. Ir a um local onde se costumam encontrar homossexuais significa que, de um momento para o outro, encontras pessoas que se sentem exatamente como tu. E de repente não estás sozinho. Antes de se conhecer outras lésbicas e gays a parte mais difícil de se ser homossexual é, frequentemente, a solidão e o isolamento. 

Acredita-se literalmente que "ninguém se sente como eu sinto" ou sabe-se que há outros, mas não se sabe como é possível alcançá-los. Por vezes lésbicas e gays descrevem o primeiro contacto com outros homossexuais como uma sensação de "voltar a casa". Talvez sintam isso porque finalmente encontraram outras pessoas que passam pelas mesmas experiências, que sabem e percebem muito bem os seus sentimentos e que reconhecem como sendo iguais.

Há afinal grandes diferenças entre a homossexualidade e a heterossexualidade?


Quando o tema "sexualidade" é discutido, muitas pessoas pensam que há uma grande diferença entre a homossexualidade e a heterossexualidade. No entanto, as investigações mais recentes sobre a sexualidade e o género indicam que na verdade a grande diferença estabelece-se na realidade mais entre os homens e as mulheres do que entre os homossexuais e os heterossexuais. Para os homens é mais fácil separar a sua sexualidade dos seus relacionamentos amorosos. 

Também se pode dizer que os homens usam o sexo mais vezes que as mulheres como meio para alcançar a intimidade ou para iniciar uma relação amorosa. As mulheres, por outro lado, costumam depender mais do contexto emocional para obter prazer sexual. Também se pode dizer que para muitas mulheres a sexualidade só é valorizada depois de alcançada uma proximidade e intimidade emocional com o seu companheiro ou companheira. O que acontece nas relações homossexuais é que muitas vezes estes comportamentos específicos de cada género são reforçados.

Será que é mesmo assim?


1. Nas relações homossexuais um ou uma faz o papel de mulher e o outro ou a outra de homem.

Errado. Nas relações homossexuais os parceiros partilham indiscriminadamente os papeis consignados socialmente a ambos os sexos. Isto quer dizer que nenhum finge que é do sexo oposto.

2. Os homossexuais são mais obcecados pelo sexo.

Errado. Sexo é tanto ou tão pouco importante para os homossexuais como para os heterossexuais. O que notamos, na realidade, é que a diferença entre a sexualidade masculina e feminina é bastante mais significativa do que a diferença entre a sexualidade homossexual e heterossexual.

3. Os homens homossexuais são pedófilos e molestam crianças.

Errado. Há proporcionalmente menos homens homossexuais do que homens heterossexuais que abusam sexualmente de crianças.

4. A homossexualidade é causada por um trauma durante a infância.

Errado. Ninguém sabe porque é que algumas pessoas são homossexuais. Há teorias diferentes que falam de hereditariedade e do ambiente. A maioria dos homossexuais não tiveram dificuldades especiais durante a sua infância.

5. Os filhos de homossexuais tornam-se homossexuais.

Errado. As investigações científicas que têm sido feitas mostram que estas crianças tornam-se tanto ou tão pouco homossexuais como os filhos de heterossexuais.

6. Os homossexuais sentem-se atraídos por todos os membros do seu sexo.

Errado. Não é suficiente que a pessoa seja do mesmo sexo. Os homossexuais têm critérios de escolha do parceiro tão exigentes como os heterossexuais.

7. Informação positiva sobre a homossexualidade resulta em mais pessoas "se tornarem" homossexuais.

Errado. Informação positiva não faz com que haja mais homossexuais. Surgem sim mais pessoas com coragem para se assumir visto que a informação ajuda a diminuir os preconceitos.

8. Uma pessoa é homossexual porque não consegue relacionar-se com os membros do sexo oposto.

Errado. A homossexualidade não tem nada a ver com capacidades de atrair o sexo oposto. Tem sim com o facto de os homossexuais se interessarem por pessoas do mesmo sexo.



Intersexo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
(Redirecionado de Intersexualidade)
Bandeira intersexo, criada em 2013, pelo Morgan Carpenter, da Intersex Human Rights Australia

Intersexo, descreve pessoas que naturalmente desenvolvem características sexuais que não se encaixam nas noções típicas de sexo feminino ou sexo masculino, não se desenvolvem completamente como nenhuma delas ou desenvolvem naturalmente uma combinação de ambas.[1][2][3][4]

Segundo as Organização das Nações Unidas, entre 0,05% e 1,7% da população mundial é intersexo, a maior estimativa é semelhante ao número de pessoas naturalmente ruivas.[5]

Estimativas variam, tendo dados que afirmam que 1 em cada 200 pessoas são intersexo, outras 1 em 1,500 ou 2,000 nascimentos, existindo ainda números tão altos como 4% da população.[6][7][8][9][10]

Tal como as pessoas não-intersexo, a identidade de géneroexpressão de género e orientação sexual que uma pessoa intersexo possui varia mediante a pessoa.[5]

Intersexo, em seres humanos, difere do termo hermafrodita, já bastante estigmatizado, por intersexo denotar várias maneiras que o sexo biológico de alguém pode naturalmente não se encaixar nas noções típicas de sexo feminino ou masculino, e não necessariamente uma questão de conseguir produzir dois tipos de gametas, como hermafrodita se refere. Algumas pessoas intersexo, como qualquer outra, poderão ser transgénero.[5] No entanto os dois conceitos são diferentes.[5]



Aqui seguem quadros explicativos de algumas identidades do mundo LG. O original com explicações está no link do site Hypeness.




🌈REPRESENTATIVIDADE LGBTQIA+



Transgrupo Marcela Prado em Curitiba - Paraná- Brasil



O Transgrupo Marcela Prado tem como objetivo promover a cidadania, a saúde, educação, segurança pública, cultura, a promoção e defesa dos direitos humanos plena dos (as) travestis e transexuais, combater os estigmas socialmente construídos sobre o tema, bem como construir paradigmas que realmente representem a realidade das e dos travestis e transexuais, eSpecialmente das (os) TPVHA (Travestis e transexuais vivendo com HIV/Aids) do Estado do Paraná - PR.



ABGLT - Associação Brasileira de Lésbicas, gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos. - Brasil




Missão: Promover ações que garantam a cidadania e os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), contribuindo para a construção de uma sociedade democrática, na qual nenhuma pessoa seja submetida a quaisquer formas de discriminação, coerção e violência, em razão de sua orientação sexual e identidade de gênero.

Valores: Ética,  transparência, compromisso, integridade, diversidade, solidariedade.
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GGB - Grupo Gay da Bahia - Bahia - Brasil


O Grupo Gay da Bahia é a mais antiga associação de defesa dos direitos humanos dos homossexuais no Brasil. Fundado em 1980 , registrou-se como sociedade civil sem fins lucrativos em 1983, sendo declarado de utilidade pública municipal em 1987. É membro da ILGA, LLEGO, e da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Travestis ( ABGLT). 

Em 1988 foi nomeado membro da Comissão Nacional de Aids do Ministério da Saúde do Brasil e desde 1995 faz parte do comitê da Comissão Internacional de Direitos Humanos de Gays e Lésbicas ( IGLHRC) . Ocupa desde 1995 a Secretaria de Direitos Humanos da ABGLT, e desde 1998 a Secretaria de Saúde da mesma.

O GGB é uma entidade guarda-chuva que oferece espaço para outras entidades da sociedade civil que trabalham em áreas similares especialmente no combate a homofobia e prevenção do HIV e aids entre a comunidade e a população geral. 

O Centro Baiano Anti-Aids (CBAA), Grupo Gay Negro da Bahia Quimbanda Dudu, Associação de Travestis de Salvador (ATRAS), entidades que estão relacionadas a entidade com base em seu estatuto social, independentes mas ligadas na luta da prevenção e combate ao preconceito.



Serviço: Centro de Referência e Cidadania Homossexual Joãzinho da Goméia

Localização: Rua Frei Vicente, n.24 – Pelourinho / Salvador – Bahia (Sede do Grupo Gay da Bahia)
Horário de atendimento: Segunda à Sexta-feira, das 09 às 12hs, e das 14 às 18hs. 


Contatos: 71 3322 2552 e 3321 1848 - ggb@ggb.org.br

Todxs App.  Aplicativo - Brasil
Aplicativo reúne leis sobre cidadania LGBT e encaminha denúncias de violência.


"Acreditamos que o acesso à informação de forma prática, rápida e eficaz é fundamental para evitarmos abusos e qualquer outra forma de cerceamento da liberdade da comunidade LGBTI+. Com base nesses princípios, somado a um real caso de homofobia, surgiu a ideia da criação do TODXS App". 






O Grupo de Resistência Asa Branca - GRAB é uma Organização Não-Governamental- ONG, sem fins lucrativos ou vinculação partidária, reconhecida como de Utilidade Pública Municipal. Fundado em 1989, sendo uma das organizações LGBT em funcionamento mais antigas do Brasil, o GRAB tem atuado diretamente no enfrentamento ao preconceito por orientação sexual, desenvolvendo ações no âmbito da proposição, execução e controle social de políticas públicas, assim como do ativismo em torno dos direitos da população homossexual, tendo como missão melhorar a qualidade de vida de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Pessoas Vivendo com HIV/AIDS no Estado do Ceará.

Desta forma, a instituição tem desenvolvido diversas ações e projetos nas áreas da Saúde, Direitos Humanos, Ativismo e Organização das Paradas pela Diversidade Sexual no Ceará.




Somos uma Organização Não-Governamental em defesa dos Direitos e Cidadania de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT). Temos como finalidade fundamental a promoção ao direito à liberdade da orientação sexual e da identidade de gênero das pessoas bem como promover a prevenção e assistência no que diz respeito à Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (HIV/AIDS) e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Assim, conscientizar a sociedade e os/as cidadãos(ãs) que tenham orientação sexual LGBT de seus direitos como seres humanos.

Somos vários "elos" a fim de formar uma corrente "elo" por "elo" pela liberdade, pelo respeito, pela dignidade, fundamentalmente, a cidadania e os direitos à população LGBT. Daí nasceu o Grupo Elos, em 2005.


🎈🎈PARADAS LGBTQIA+🎈🎈

Parada LGBT, parada do orgulho LGBT, parada do orgulho gay ou simplesmente parada gay, são uma série de eventos de ações afirmativas para a comunidade LGBT+ que comemoram o orgulho e a cultura de pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgênero (LGBT), e por vezes de outros grupos tipicamente ligados à comunidade LGBT+, como as pessoas intersexo, queer, demissexuais e outros. Os eventos também servem como manifestações contra a homo, trans e bifobia, direitos iguais, como o casamento entre pessoas do mesmo sexo e leis contra a discriminação. A maioria destes eventos ocorrem anualmente e muitos ocorrem por volta de junho para comemorar a rebelião de Stonewall, um momento crucial nos movimentos civis LGBT modernos (Wikipédia)


AS PRINCIPAIS PARADAS LGBTQIA+ DO MUNDO




🎈🎈1 – São Paulo, Brasil


A Parada do Orgulho LGBT de São Paulo, que celebrou sua 23ª edição em junho de 2019, é a maior do mundo. 

Em 2011 a parada chegou a bater o recorde de 4 milhões de pessoas na avenida Paulista, lutando por mais direitos aos LGBTs. O evento é tão famosos, que chegou a ser escolhido como locação para alguns episódios da série Sense8, da Netflix.

🎈🎈2 – São Francisco Pride, Estados Unidos

Conhecida mundialmente como uma das cidades mais gays dos Estados Unidos, São Francisco conta com uma enorme comunidade LGBT, o que torna sua Parada uma das maiores e melhores do mundo. 

Sua história se inicia nos anos 70, com pouco mais de 30 pessoas marchando nas ruas da cidade. Hoje o evento é planejado para mais de 2 milhões de pessoas.

🎈🎈3 – Toronto, Canadá

Sendo o Canadá um dos países mais inclusivos do mundo, a Parada de Toronto não poderia deixar de entrar na lista. 

A cidade é uma das maiores do país e a Pride Toronto é um dos eventos mais esperados do verão. A manifestação reúne nas ruas da cidade mais de 1 milhão de pessoas.

🎈🎈4 – Madrid Orgullo (Mado) – Espanha

Destino bastante procurado por LGBTs para se divertir durante o verão europeu, seria triste tirar a Madrid Orgullo da lista. 

Conhecida por nativos como Mado, o evento é tão festivo e caliente quanto os conterrâneos; ela dura por cinco dias. Ocorrendo todos os anos no bairro Chueca, a Parada é planejada para mais de dois milhões de pessoas.

🎈🎈5 – Canal Parade, Amsterdam – Holanda

Como tudo em Amsterdam, a Parada da cidade é com certeza a mais inusitada da lista: o evento não acontece nas ruas, mas sim nos canais da cidade, em cima de barcos. 

No dia da festa todos sobem a bordo de barcos coloridos e decorados especialmente para a data. Após a Parada, todos voltam às ruas e continuam a celebração nos bares e cafés, o que torna os estabelecimentos bastante lotados.

🎈🎈6 – Tel Aviv, Israel

Israel é considerado um dos países onde a diversidade é respeitada. Sendo assim, a cidade Tel Aviv tem se tornado um dos destinos mais procurados por LGBTs. 

Suas praias e a agitação noturna acabam sendo um atrativo extra. Com show de drags e desfiles de carros, a festa acontece por 6 horas, só terminando com o pôr do sol na beira da praia, do Me’ir Park.


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