Relacionamentos abertos

junho 18, 2017

Relacionamentos abertos

💭Estudando a Homoafetividade com Andrei Moreira - Relacionamentos abertos

Tem crescido o número de casais gays, sobretudo masculinos, que optam por relacionamentos sexuais abertos, nos quais outras pessoas são bem-vindas para a prática sexual com um do parceiros ou com os dois ao mesmo tempo.

Observa-se o mesmo fenômeno entre heterossexuais, nas estatísticas que demonstram o crescimento da prática de swing ou troca de casais.

Essa prática, centrada exclusivamente no prazer físico, tem sido responsável pela insatisfação de grande número de indivíduos que veem relacionamentos estáveis chegarem ao fim, deixando muitas vezes uma das partes magoada, com a outra criando novos relacionamentos.

A grande maioria da humanidade é egressa de um passado de poligamia, em que a sensualidade era a marca primordial, e o descompromisso afetivo uma constante. Essa herança psíquica e emocional das experiências poligâmicas do passado espiritual do indivíduo (entenda-se vidas passadas, à luz das diversas reencarnações pelas quais passamos) pode se expressar no presente sob a forma de tendências à promiscuidade.

Segundo informam os Espíritos a monogamia é conquista evolutiva a que deve se dedicar o ser:
"Qual das duas, a poligamia ou a monogamia, é mais conforme à lei da natureza?

- A poligamia é lei humana cuja abolição marca um progresso social. O casamento, segundo as vistas de Deus, tem que se fundar na afeição dos seres que se unem. Na poligamia não há afeição real: há apenas sensualidade. ( Allan Kardec, O livro dos Espíritos, questão 701).

(...) À luz da doutrina espírita, os relacionamentos abertos são porta de perturbação e canal fácil de atuação obsessiva, por serem exclusivamente baseados na sensualidade e no prazer físico (dispensando os laços de real afeição). Sabe-se hoje que as obsessões de natureza sexual campeiam em toda parte, respondendo por grande parte dos desajustes psíquicos em nossa sociedade.

É importante, assim, refletir nessa questão e reconhecer que a reeducação afetiva, com a natural valorização da parceria afetiva e da construção a dois, é um desafio para heterossexuais e homossexuais...(MOREIRA, 2012, 209-213).