Os perigos da repressão sexual

💭 Estudando a Homoafetividade com Andrei Moreira - Os perigos da repressão sexual

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A repressão sexual é responsável, como bem explica a psicologia, por um sem-número de desordens psicológicas e psiquiátricas, pois a energia sexual está na base da expressão da vida mental, física e emocional, conforme esclarece Emmanuel:
"Desarrazoado subtrair-lhe as manifestações aos seres humanos, a pretexto de elevação compulsória, de vez que as sugestões da erótica se entranham na estrutura da alma, ao mesmo tempo em que seria absurdo deslocá-lo de sua posição venerável, a fim de arremessá-lo ao campo da aventura menos digna, com a desculpa de se lhe garantir a libertação. (Chico Xavier, Espírito  Emmanuel, Vida e sexo, cap.01, p.10) 
Abstinência não significa equilíbrio. Pode ser parte importante de um processo de reeducação de um indivíduo que se reconheça necessitado de adestramento das forças sexuais, e por vezes a vida impõe essa condição ao ser reencarnado, colocando-lhe impedimentos físicos que obstaculizam a vivência da sexualidade. 
Não é o caso da maioria homossexual, que possui todos os implementos orgânicos e psíquicos necessários ao ato.
Caso se trate de um heterossexual  ou homossexual com tendências compulsivas, a abstinência parcial pode ser parte de um processo de redirecionamento das energias, enquanto outras ações estimulam o indivíduo na alimentação psicoemocional em outras áreas nobres, gerando prazer de alma. 
Os perigos da repressão sexual
Prescrever aos homossexuais a abstinência como "medicação segura a um doente da alma", como habitualmente se diz, é manter velho preconceito que não atende às realidades e necessidades dos indivíduos, nem ao objetivo de reeducação do afeto, alvo de muitas das experiências homossexuais. 
O simples fato de viver a condição homossexual com sua dificuldade de aceitação, com a limitação da expressão afetiva e, para alguns, a distonia entre corpo e psiquismo, já representa uma condição provacional e expiacional suficiente para a revisão de conceitos e posicionamentos, em um processo de ampliação de consciência. Afirma Hammed:
"Podemos cobrir os impulsos sexuais com o manto da simulação. Substituímo-los por outros, inventamos desculpas e álibis convincentes para ocultá-los de nós mesmos e dos outros; porém eles não desaparecem. 
As mutilações de qualquer gênero são sempre uma repressão cruel às leis naturais da vida; no entanto, todos nós somos convocados a planejar uma vida sexual equilibrada. 
Abstenção imposta gera desequilíbrio, mas a educação, aliada ao controle e à responsabilidade, será sempre a meta segura para o emprego responsável e nobre das forças sexuais. (Francisco do Espírito Santo e Espírito Hammed, As dores da alma, p.95.). 
Complementa Ernance Dufaux: "abstinência nem sempre é solução e pode ser apenas uma medida disciplinar sem que, necessariamente, signifique um ato educativo. 
Por educar devemos entender, sobretudo, a desenvoltura de qualidades íntimas capazes de nos habilitar ao trato moral seguro e proveitoso com a vida.(Wanderlei Soares Oliveira e Espíritos Ernance Defau e Cícero Pereira, Unidos pelo amor, cap.14, p.88).
O estabelecimento de laços afetivos, de relações profundas de respeito  valorização de si mesmo e do outro é o maior e melhor medicamento para indivíduos que se reconheçam desejosos do aprendizado do afeto. 
Não se aprende a jogar futebol senão no campo, não adiantam as teorias. Igualmente, o afeto se aprende e se desenvolve na convivência, com todos os seus desafios e alegrias (MOREIRA, 2012, P. 195-197).

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