Fidelidade

junho 18, 2017

Fidelidade

💭Estudando a Homoafetividade com Andrei Moreira - Fidelidade

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(...) reportamo-nos ao impositivo da lealdade que deve ser respondida com lealdade, seja qual for o tipo de união em que os parceiros se comuniquem sexualmente um com o outro, sustentando o equilíbrio recíproco."(Chico Xavier e Espírito Emmanuel, Vida e Sexo, p.19)

Estabelecida a união afetiva homossexual, em qualquer nível em que a relação se manifeste, é extremamente importante o estabelecimento de laços de respeito e cuidados recíprocos entre os parceiros. Para que a relação e a vivência sejam alimentadoras, importa que haja comunhão em todos os níveis.

Naturalmente, entre os homossexuais se encontrarão os mesmos desafios que entre os heterossexuais no que diz respeito à convivência e à nutrição afetiva. Carência, solidão, necessidade de aceitação e desejo de valorização pessoal estarão ainda mais presentes em virtude das circunstâncias de isolamento social em que se encontra a maioria dos homossexuais.

(...) Estabelecida a relação a dois, a fidelidade e o respeito se fazem fundamentais. A responsabilidade perante o outro e as repercussões de atitudes imaturas, irresponsáveis ou descompromissadas são as mesmas que entre heterossexuais, embora o Espírito André Luiz nos informe que entre heterossexuais a responsabilidade é ainda maior, por respirarem estes no "clima estável da maioria".

Esclarece o Espírito Emmanuel: Toda vez que determinada pessoa convide outra à comunhão sexual ou aceita de alguém um apelo neste sentido, em bases de afinidade e confiança, estabelece-se entre ambas um circuito de forças, pelo qual a dupla se alimenta psiquicamente de energias espirituais, em regime de reciprocidade.

Quando um dos parceiros foge ao compromisso assumido, sem razão justa, lesa o outro na sustentação do equilíbrio emotivo, seja qual for o campo de circunstâncias em que esse compromisso venha a ser efetuado.

Criada a ruptura no sistema de permuta das cargas magnéticas de manutenção, de alma para alma, o parceiro prejudicado, se não dispõe de conhecimentos superiores na autodefensiva, entra em pânico, sem que se lhe possa prever o descontrole que, muitas vezes, raia na delinquência.

Tais resultados da imprudência e da invigilância repercutem no agressor, que partilhará das consequências desencadeadas por ele próprio, debitando-se-lhe ao caminho a sementeira partilhada de conflitos e frustrações que carreará para o futuro.

É útil ressaltar que o estabelecimento de laços afetivos reais e profundos, com a construção de uma vida a dois que permita não só a instituição da família, mas também projetos de beneficência social são aspectos importantes a serem considerados pelo casal homossexual.

Como obstáculo a essa concretização, encontramos a compulsão sexual, derivada dos impulsos poligâmicos e incentivada muitas vezes pela mídia gay, que leva ao descompromisso afetivo e a viciação em pornografia, sobretudo virtual (MOREIRA, 2012, P. 203 - 205).