O que entender sobre a aparência dos espíritos

Reflexões LGBT Espíritas: Os Espíritos tem asas?

Hello Babies!!!

Prosseguimos a nossa série reflexiva, trazendo temas comuns de nossa cotidianidade e, ao mesmo tempo, contribuindo para a nossa transcedência enquanto superação da realidade meramente material para crescimento de nossa espiritualidade.

Fundamentados em saberes adquiridos através dos estudos espíritas kardecistas, vamos trilhando um caminho de superação, clareamento e maiores explicações de ideias e conceitos que até então conhecíamos de outra maneira.

O tema de hoje é bastante curioso e vem devido a um momento de estudos em que você exclama: Ahhh, então é por isso que(...) e creia, em diversos momentos da trilha de estudos a gente exclama desta forma, exatamente porque encontra maiores explicações para afirmações, símbolos e crenças do meio espiritual ou religioso tradicional e que, de certa forma, não nos convencia muito.

Quem nunca se intrigou com as figuras de anjos (ou demônios) como seres alados e com asas? Esta figuração foi criada para diferenciar os espíritos superiores (aqueles que já passaram por todo o processo da evolução, não mais precisam se reencarnar e são popularmente designados por anjos) de nós, humanidade encarnada e ainda em processo de novas reencarnações. Mas, ao contrário deste imaginário, espíritos não tem asas.

A literatura espírita nos informa que em toda a escala espírita, os seres espirituais tem o formato humano. Aqui essa forma é revestida pelo corpo carnal e no mundo espiritual essa forma é revestida pelo perispírito, uma matéria de natureza completamente diferenciada e mais leve que a nossa materialidade. 

Os Espíritos completamente puros, ou anjos - como prefiram chamar - já atingiram o topo do processo evolutivo e se apresentam como luz, centelha de luz, clarão, tão diferenciado é o material (por falta de outro termo) de que se constituem. 

O texto para fundamentar esta nossa reflexão está em 'O Livro dos Espíritos', em que, através de sessões mediúnicas, intermediadas por médiuns da época, Allan Kardec tecia uma série de perguntas aos espíritos e estes o respondiam. Este livro foi organizado exatamente desta forma, em perguntas e respostas. Vejamos:

Pergunta nº 88: Os Espíritos têm forma determinada, limitada e constante? 

“Para vós, não; para nós, sim. O Espírito é, se quiserdes, uma chama, um clarão, ou uma centelha etérea.” 

a) — Essa chama ou centelha tem cor? 

“Tem uma coloração que, para vós, vai do colorido escuro e opaco a uma cor brilhante, qual a do rubi, conforme o Espírito é mais ou menos puro.”  

Representam-se de ordinário os gênios com uma chama ou estrela na fronte. É uma alegoria, que lembra a natureza essencial dos Espíritos. Colocam-na no alto da cabeça, porque aí está a sede da inteligência (KARDEC, P. 113)

Mas por que essa figuração de seres alados e com asas? Uma explicação a que chegamos, por dedução mesmo, é a de que a forma como os espíritos se transportam, a volitação, pode ter inspirado essa figuração em pessoas que eram capazes de ve-los, acompanhando inclusive a forma como se deslocam pelo espaço, afinal de contas, médiuns sempre existiram, sob outros termos. 

O ato de volitar, em nossa realidade, foi representado alegoricamente pelas asas, afinal de contas, tudo em nossa realidade que é naturalmente alado, tem asas, certo? Não vale para vírus, que voam com o vento, mas essa é outra história (afffs, voei nas ideia!! kkkkkkk)

O ato de volitar é muito descrito por André Luiz em sua coleção. Vale a pena a leitura para maior compreensão deste fenômeno comum ao mundo dos seres desencarnados.

Beijos mil e até o próximo.

Referências

KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Federação Espírita Brasileira. Rio de Janeiro. Disponível em <https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/135.pdf>. Acesso em julho de 2020.

Sugestão de leitura: 

Coleção André Luiz. Disponível em: <https://luzepaz.org/andre-luiz-a-vida-no-mundo-espiritual-coleccao-completa/>.