Entenda o que são os 'demônios' na visão espírita




Reflexões LGBT Espíritas: superando o medo de 'demônios'

Hello Babies!!! 

Prosseguimos a nossa série reflexiva, trazendo temas comuns de nossa cotidianidade e, ao mesmo tempo, contribuindo para a nossa transcedência enquanto superação da realidade meramente material para crescimento de nossa espiritualidade.


Fundamentados em saberes adquiridos através dos estudos espíritas kardecistas, vamos trilhando um caminho de superação, clareamento e maiores explicações de ideias e conceitos que até então conhecíamos de outra maneira. 

E hoje o nosso tema é medo de demônios. Esse texto acaba sendo uma complementação ao texto 'Superando o medo de Espíritos', porque segue a mesma linha de raciocínio de que espíritos somos nós mesmos quando desencarnamos.

A tradição religiosa de até então nos apresentou seres chamados  de demônios, que se caracterizam pela maldade eterna e pela perseguição espontânea a humanidade encarnada. Muitas pessoas  vivem uma espiritualidade atormentada pela ideia de seres demoníacos, que as espreitam e as tentam a todo momento. 

Essa vivência atormentada por estas ideias acabam fazendo com que a realidade espiritual seja para estas pessoas algo mais assustador que alimentador da paz e do equilíbrio interior.

O estudo espírita, entretanto, nos esclarece que não há seres criados para a 'maldade eterna'. Há sim seres que, por livre escolha, decidiram ser maus e sentem prazer nas maldades que praticam, mas afirmam os espíritos que esta maldade dura até o momento em que aquele espírito passa por diversas encarnações e desenvolve o senso de responsabilidade, compromisso e amor. 

Os seres entendidos por demônios pela tradição são espíritos ainda inferiores, em processo evolutivo, que cedo ou tarde sairão deste estado, rumo aos mesmos princípios éticos e valores adotados pelos outros. 

Essa passagem se dá pelo tédio que acabam sentindo pela vida 'de maldades' e a necessidade de crescimento e amor, que só existem ao lado dos valores que edificam e não dos que destroem. Muitas menções sobre esse tédio pelo mal você encontra na coleção André Luiz.

Na literatura espírita você encontra essa temática nos subtítulos sobre espíritos imperfeitos, anjos e demônios, e no livro O Céu e o Inferno.

O texto para fundamentar esta nossa reflexão está em 'O Livro dos Espíritos', em que, através de sessões mediúnicas, intermediadas por médiuns da época, Allan Kardec tecia uma série de perguntas aos espíritos e estes o respondiam. Este livro foi organizado exatamente desta forma, em perguntas e respostas. Vejamos:

Pergunta 131: Há demônios, no sentido que se dá a esta palavra?
Se houvesse demônios, seriam obra de Deus. Mas, porventura, Deus seria justo e bom se houvera criado seres destinados eternamente ao mal e a permanecerem eternamente desgraçados? Se há demônios, eles se encontram no mundo inferior em que habitais e em outros semelhantes. São esses homens hipócritas que fazem de um Deus justo um Deus mau e vingativo e que julgam agradá-lo por meio das abominações que praticam em seu nome. (...)

Reflexões LGBT Espíritas: superando o medo de demônios
Os homens fizeram com os demônios o que fizeram com os 
anjos. Como acreditaram na existência de seres perfeitos desde toda a eternidade, tomaram os Espíritos inferiores por seres perpetuamente maus. Por demônios se devem entender os Espíritos impuros, que muitas vezes não valem mais do que as entidades designadas por esse nome, mas com a diferença de ser transitório o estado deles. 
São Espíritos imperfeitos, que se rebelam contra as provas que lhes tocam e que, por isso, as sofrem mais longamente, porém que, a seu turno, chegarão a sair daquele estado, quando o quiserem. Poder-se-ia, pois, aceitar o termo demônio com esta restrição. Como o entendem atualmente, dando- -se-lhe um sentido exclusivo, ele induziria em erro, com o fazer crer na existência de seres especiais criados para o mal (KARDEC, p.136).

A mesma linha de raciocínio se aplica aos chamados espíritos obssessores. São espíritos ainda imperfeitos, que se dedicam a perseguir seus desafetos (richas pessoais, hein gente!!! Não saem perseguindo quaisquer pessoas pelo simples prazer de faze-lo não), estejam estes desafetos encarnados ou desencarnados; mas que, esclarecidos dos prejuízos que a atitude causa a ele mesmo, consegue mudar a atitude e adotar valores éticos para o progresso e a construção de si, do outro, das coletividades. Muitos exemplos de 'conversão' de obssessores aos valores éticos você encontra também na coleção André Luiz.

Referência:

KARDEC, Allan. O livro dos Espíritos. Federação Espírita Brasileira. Rio de Janeiro. Disponível em <https://www.febnet.org.br/wp-content/uploads/2012/07/135.pdf>. Acesso em julho de 2020.

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