Joanna de Ângelis: ter ou ser, qual o mais importante?

Hello Babies!!

Ter ou Ser, qual o mais importante?
Quantas vezes vocês já se sentiram meio na bad por não corresponderem ao 'ter' que a nossa sociedade exige? A valorização do 'ter', irracionalmente supera, em muitos meios, a valorização do 'ser'.

Para a nossa reflexão LGBT Espíritas de hoje seguem dois textículos de Joana de Ângelis, retirados do livro 'O Homem Integral', cuja linha de raciocínio nos leva a valorizar 'o ter' e 'o ser' na medida correta, ou seja, ter aquilo que nos é necessário (mesmo que tenhamos mais que o necessário saibamos administrar de forma que não 'sejamos dominados' pelo ter) e cultivar valores espirituais, que nos auxiliem a transcender a realidade meramente material.

Let's go:

Texto 01 - A experiência, em qualquer caso, é um meio propiciador para o autoconhecimento, em razão das descobertas que enseja àqueles que tem a mente aberta aos valores internos. Ela demonstra a pouca significação de muitas consquistas materiais, econômicas e sociais diante da morte, das enfermidades, especialmente as de natureza irreversível, dos golpes afetivos, por defrontar-se desestruturado, sem as resistências necessárias para suportar as vicissitudes que a todos surpreendem. 

O ser possui admiráveis recursos interiores não explorados, que lhe dormem em potencial, aguardando o desenvolvimento. A sua conquista faculta-lhe o autodescobrimento, o encontro com a sua realidade legítima e, por efeito, com as suas aspirações reais, aquelas que se convertem em suporte de resistência para a vida, equipando-lhe com os bens inesgotáveis do espírito. Examinar as possibilidades com decisão e enfrenta-las sem mecanismos desculpistas ou de escape, constitui o passo inicial                  (ANGELIS, 1990)

Texto 02: É óbvio que não fazemos a apologia da escassez ou da miséria, na busca da realização pessoal. Tampouco, propomos o desdém à posse(...). A posse é uma necessidade para atender objetivos próprios, que não são únicos nem exclusivos. Os recursos amoedados, o poder político ou social são mecanismos de progresso, de satisfação, enquanto conduzidos pela pessoa, pela locomotiva a movimentar os canos que se lhe submetem. Quando se inverte a situação, o iminente desastre está a vista (ou seja: a pessoa deve dominar os bens e o poder em prol da satisfação de necessidades e não o oposto, deixar que os bens e o poder a dominem, desvalorizando princípios éticos). Eis aí a importância do amadurecimento psicológico do indivíduo, que lhe propicia os meios de gerir os recursos, sem se lhes submeter aos impositivos. A integridade e a segurança defluem do que se é, jamais do que se tem (ANGELIS, 1990).
Então, percebamos que, por mais que possuir bens materiais e/ou poder seja algo basilar para a satisfação de nossas necessidades, a ênfase de nossa reflexão está em ser, em desenvolver valores espirituais que nos fortaleçam e acima de tudo, contribuam para a nossa noção de transcedência, ou seja, somos mais que matéria, somos espírito. Right?

É isso, ficamos por aqui, beijos e até o próximo.


Referência

ANGELIS, Joana de. FRANCO, Divaldo Pereira. O Homem Integral. 1990. Arquivo pessoal em PDF.

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