05 palavras que te farão entender que Deus não castiga a humanidade


Reflexões LGBT Espíritas: Superando a ideia de que Deus nos castiga 

Hello Babies!!!

Prosseguimos a nossa série reflexiva, trazendo temas comuns de nossa cotidianidade e, ao mesmo tempo, contribuindo para a nossa transcedência enquanto superação da realidade meramente material para crescimento de nossa espiritualidade.

Fundamentandos em saberes adquiridos através dos estudos espíritas kardecistas, vamos trilhando um caminho de superação, clareamento e maiores explicações de ideias e conceitos que até então conhecíamos de outra maneira.

Hoje refletimos sobre a afirmação muito comum de que Deus "nos castiga". Para esta reflexão vamos focar em algumas palavras chave: justiça, consequência, consciência, carma positivo e carma negativo

Em justiça vamos lembrar que toda literatura espiritualista apresenta Deus com um ser justo, e isso não é diferente em espiritismo. Justiça significa ponderar entre partes envolvidas em uma questão e deliberar sobre as ações de cada uma delas.

Em consequência vamos refletir que todas as nossas ações tem um resultado, que pode ser benéfico para nós mesmxs e para a coletividade, ou pode ser prejudicial.

Em consciência vamos lembrar de nosso senso de responsabilidade, que, enquanto espíritos que somos, está sempre em desenvolvimento, e mais cedo ou mais tarde, vamos analisar e pesar as nossas próprias atitudes e julgar a nós mesmxs.

Carma positivo e carma negativo são o resultado do julgamento que tecemos a respeito de nós mesmxs, que resulta em planejamentos dos espíritos (nós quando estamos no mundo espiritual, antes de cada encarnação) para a reencarnação, de forma que possa aprender o que não sabe e desenvolver qualidades que ainda não desenvolveu. Narrativas sobre planejamentos reencarnatórios estão muuuuito presentes na coleção André Luiz, fica a dica de leitura.

Com isto concluimos que todas as situações que encontramos a nossa volta passaram pela consciência e planejamento das pessoas nelas envolvidas, antes da reencarnação, sempre com intuito de crescimento. E todo planejamento passa pelo crivo da justiça divina. Não é Deus quem castiga a pessoa, é a pessoa que realiza auto análise e solicita as tarefas e situações que julga necessárias para o seu desenvolvimento.

Isto não significa que devamos estacionar em um conformismo inerte ou legitimar as situações e condições indignas presentes em nossa sociedade, pelo contrário, todas as situações visam levar as individualidades e as coletividades ao progresso, quando buscam  superar as situações entendidas como negativas para todxs: as violências, mazelas, pobrezas, misérias... a fim de que todo o grupo alcance patamares que julguem como qualidade de vida para todxs.

A palavra carma, ainda cercada de negatividade em nosso meio, precisa ser ressignificada a fim de que compreendamos a sua naturalidade no processo de evolução dos espíritos. Carma positivo está relacionado aos méritos de cada indivíduo devido a suas ações dignas, que promovem a si mesmxs e aos aoutros; e carma negativo está relacionado aos prejuízos causados pelos indivíduos a si mesmxs e aos outros. 

Vejamos o texto base para a reflexão de hoje:

As heranças do passado ressumam em manifestações cármicas, que devem ser enfrentadas naturalmente por fazerem parte da vida, elementos essenciais que são constitutivos da existência. Como decorrência de uma vida anterior dissoluta, surgem os conflitos, as castrações, os tormentos atuais; da mesma forma, como efeito do uso adequado das funções se apresentam as bênçãos da plenificação.

Reflexões LGBT Espíritas: Superando a ideia de que Deus nos castiga
As Leis cármicas, que são o resultado das ações meritórias ou comprometedoras de cada indivíduo, geram, na economia evolutiva de cada um, efeitos correspondentes, estabelecendo a ponderabilidade da Divina Justiça, presente em todos os fenômenos da natureza e da Criação.

O fatalismo cármico da evolução é a felicidade humana, quando o ser, depurado e livre, sentir-se perfeitamente integrado na Consciência Cósmica. A sua marcha, embora as aparências dissonantes de alegria e tristeza, de saúde e doença, está incursa no processo das conquistas que lhe cumpre realizar, passo a passo, com dignidade e com iguais condições delegadas aos seus semelhantes, sem protecionismos vis ou punições cerceadoras indevidas...

A resolução para ser feliz rompe as amarras de um carma negativo, face ao ensejo de consquistar mérito através das ações benéficas e construtivas, objetivando a si mesmo, o próximo e a sociedade (ÂNGELIS, 1990, P. 77-78).

Vocês podem pensar: mas gente, como assim a própria pessoa escolher situações desagradáveis, sendo que é de nossa natureza querer o bem, a alegria, a felicidade, a saciedade? Mas pense na situação consciencial, por exemplo, de um espírito que na terra exerce a função de assassino profissional, quando desencarna, se depara com a realidade espiritual e toma consciência do quão grave foram as suas atitudes para com outras pessoas. Como acham que ele vai se julgar? O raciocínio é o mesmo para todas as ações que causam prejuízos a outras pessoas.

Referência

ANGELIS, Joana de. FRANCO, Divaldo Pereira. O Homem Integral. 1990. Arquivo pessoal em PDF.

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