TransCendas: o espaço Trans Espírita
Sabe aquele dia em que você amanhece com uma ideia super diferente e imagina: nooooossa, essa noite o desdobramento foi produtivo!!! kkkkkkk. Essa é a história da TransCendas.
Percebam que há três ideias juntas neste título. Primeiro a ideia de ser Trans; depois a ideia de espaço (Sendas) e, por fim, a ideia de transcedência da realidade material para a realidade espiritual, objetivo de estudar espiritismo e alimentar a nossa espiritualidade.
TransCendas soa como sinônimo de tornar-se transcendente.
Este web espaço pretende reunir o que já temos de estudos sobre Transexualidades, mensagens, exploração de temas que sejam interessantes, enfim, vamos construindo-o no dia a dia.
E sejam bem vindes todes que se interessarem em dar uma espiada por aqui. Rsrsrs.
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EVOLUÇÃO EM DOIS MUNDOS: A PESSOA TRANS NO PLANO ESPIRITUAL
Olá pessoas, como vão? Lá vem um textão, mas garantimos que vale a pena a leitura! ;)
LINHAS MORFOLÓGICAS DOS DESENCARNADOS - A forma individual em si obedece ao reflexo mental dominante, notadamente no que se reporta ao sexo, mantendo-se a criatura com os distintivos psicossomáticos de homem ou de mulher, segundo a vida íntima, através da qual se mostra com qualidades espirituais acentuadamente ativas ou passivas. Fácil observar, assim, que a desencarnação libera todos os Espíritos de feição masculina ou feminina que estejam na reencarnação em condição inversiva atendendo a provação necessária ou a tarefa específica porquanto, fora do arcabouço físico, a mente se exterioriza no veículo espiritual com admirável precisão de controle espontâneo sobre as células sutis que o constituem (XAVIER, VIEIRA; P.165)
DIFERENCIAÇÃO DOS SEXOS - – Como se iniciou a diferenciação dos sexos? – Os princípios espirituais, nos primórdios da organização planetária, traziam, na constituição que lhes era própria, a condição que poderemos nomear por “teor de força”, expressando qualidades predominantes ativas ou passivas. E entendendo-se que a evolução é sempre sustentada pelas Inteligências Superiores, em movimentação ascendente, desde as primeiras horas da reprodução sexuada começou, sob a direção delas, a formação dos órgãos masculinos e femininos que culminaram morfologicamente nas províncias genésicas do homem e da mulher da atualidade.Não podemos esquecer, porém, que o trabalho evolutivo no aperfeiçoamento fisiológico das criaturas terrestres ainda não foi terminado, prosseguindo, como é natural, no espaço e no tempo. Quanto à perda dos característicos sexuais, estamos informados de que ocorrerá, espontaneamente, quando as almas humanas tiverem assimilado todas as experiências necessárias à própria sublimação, rumando, após milênios de burilamento, para a situação angélica, em que o indivíduo deterá todas as qualidades nobres inerentes à masculinidade e à feminilidade, refletindo em si, nos degraus avançados da perfeição, a glória divina do Criador. É imperioso reconhecer, contudo, que não podemos, ainda, em nossa posição evolutiva, formular qualquer pensamento concreto acerca da natureza e dos atributos dos Anjos, nem ajuizar quanto ao sistema de relações que cultivam entre si. Pedro Leopoldo, 1/6/58 (XAVIER, VIEIRA; P. 181).
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BRASIL, Nacões unidas. OMS retira a transexualidade da lista de doenças mentais, 2019. Disponível em < https://nacoesunidas.org/oms-retira-a-transexualidade-da-lista-de-doencas-mentais/> Acesso em novembro de 2019.
Espiritismo TV. Andrei Moreira. Disponível em: <https://www.espiritismo.tv/Vocabulario/andrei-moreira/ . acesso em 2019
MOREIRA, Andrei. Transexualidades sob a Ótica do Espírito Imortal. AME Editora. Belo Horizonte/MG, 2017.
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DO OUTRO LADO DO ESPELHO, EMANOELE
PSICOGRAFIA DE UM ESPÍRITO TRANS
Sem dúvida é emocionante no meio espírita quando as psicografias nos trazem notícias de entes queridos e das vivências no mundo espiritual.
As reuniões mediúnicas (sérias) são ambientes de alento tanto para pessoas encarnadas quanto desencarnadas, no intercâmbio de carinho, afeições e auxílios mútuos.
O texto abaixo é uma cópia integral do texto que se encontra no livro Transexualidades sob a ótica do espírito imortal, de Andrei Moreira, em mais esta obra que, ao lado do livro homossexualidade sob a ótica do espírito imortal, configuram grandes contribuições da atualidade para educar-se para a alteridade.
A sua reflexão, inicialmente voltada para a diversidade das identidades de gênero, pode aplicar-se a todos os contextos em que a pluralidade natural da vida e das vivências são escamoteadas em benefício de conveniências e padrões estabelecidos.
Vamos ao texto:
Espírito Emanoele:
Já na primeira infância, sentia que algo em mim era diferente. Existia como que uma sensação de não pertencer ao meu corpo, embora ainda não entendesse realmente o que se passava.
Foi ainda jovem que encontrei no espelho a minha melhor amiga, já que nele podia encontrar a imagem de quem eu realmente sentia ser. Envolta em sonhos e fantasias, deixava que meus sonhos se tornassem realidade através da imagem que eu podia ver.
Hoje entendo que muito mais que a minha imaginação, era meu espírito refletido em essência. Na época, não fazia sentido e não tinha a compreensão ampla que tenho hoje. O sentimento de culpa de estar cometendo pecado simplesmente por ser assim atormentava-me todos os dias.
Não foram poucas as vezes que quis acabar com esse sofrimento atroz dando fim à minha própria existência, mas felizmente superei o desafio. Já adulta, consegui, com muito esforço, fazer as mudanças que eram possíveis à época, muito aquém do que a humanidade encontra hoje, mas para mim era algo grandioso. A sensação de bem estar que me tomou quando, então, pude me apresentar como mulher pela primeira vez, é ainda sentida no meu espírito até hoje.
Vivi uma vida difícil, de preconceitos e discriminações, mas consegui vencer os desafios com luta e dignidade. Quando cheguei aqui, grande foi a minha surpresa ao me apresentar num corpo totalmente feminino, recordando a imagem do espelho.
Não recebi qualquer tipo de tratamento especial, simplesmente fui acolhida por ser quem eu era além das aparências físicas. Aprendi que o que provoquei no meu corpo físico não havia sido algo a ser pago ou culpado, mas uma escolha que naquele momento me fez ver a vida com mais alegria e otimismo.
Se eu pudesse deixar algo da minha experiência, gostaria de falar a todos que se permitam olhar para o outro lado do espelho e lá, talvez, não só as pessoas trans encontrem as respostas que precisam, mas toda a humanidade possa olhar para sua essência e fazer as escolhas que se identificam com algo coerente com a vida espiritual.
Obrigada pela oportunidade.
Do outro lado do espelho, Emanoele.
(Aqui entenda-se 'algo coerente com a essência que a pessoa percebe em si'. Nota do Blog. Vemos essa nota como necessária porque o entendimento que se tem, por padrão, de 'vida espiritual', se baseia em ensinamentos moralistas, cheios de pesadas obrigações, que mais entristecem e 'matam' o espírito do que colaboram para que construa uma visão libertária de sua existência. A nota se faz necessária para que não se confunda a fala de Emanoele com essa concepção padronizada de vida espiritual, que via de regra se tenta enquadrar a pessoa homossexual e transexual)
(Do outro lado do espelho, Emanoele. Essa frase final é muito interessante por que ela frisa que do outro lado do espelho era outra pessoa, era Emanoele. Linda mensagem. Nota do Blog)
Nota de Andrei Moreira sobre essa psicografia, publicada também em seu livro:
Mensagem psicografada pelo médium Marcus Ribeiro em reunião mediúnica da Amemg (Associação Médico Espírita de Minas Gerais) realizada em 31 de maio de 2017.
Esta mensagem foi psicografada ao mesmo tempo em que a mensagem mediúnica que consta como um dos prefácios desta obra, recebida pelo médium Roberto Lúcio Vieira de Souza.
Ao começo dessa reunião, em que eu estava presente, pensei mentalmente que gostaria de ter no livro mensagens dos espíritos acerca do tema tratado. Ainda pensei em brincar com um dos médiuns para ficar atento se os espíritos teriam algo a trazer, visto que como eu já sou o autor da obra, não quis me disponibilizar como médium para o recebimento de mensagens para evitar a influência anímica.
Não exteriorizei o meu pensamento e, ao final da noite, as duas únicas mensagens psicografadas estavam destinadas ao livro, o que recebemos com muita alegria e gratidão.
Ainda havia a presença de outros espíritos que vivenciaram a transexualidade querendo escrever a sua história, mas o tempo da reunião não permitiu que isso acontecesse. Esperamos que elas ainda sejam escritas, e teremos a alegria de compartilhá-las nas próximas edições deste livro.
E nós, cá no Blog LGBTQIA+ Espíritas, ficamos no aguardo, pois tudo o que precisávamos para trabalhar a alteridade era de referências, que nos surgem através destas duas primeiras edições das obras de Andrei sobre o tema e através da própria vivência do autor no tema.
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Estudando Transexualidades com Andrei Moreira
Os gêneros sexuais são entendidos e vivenciados de formas diferentes, porém com alguma similaridade, em diferentes culturas.Na cultura da Ilha Samoa, por exemplo, existem os fanfines, indivíduos do sexo "masculino" que desde cedo são escolhidos por suas famílias e induzidos a manifestar o gênero transexual, com funções definidas de trabalho pesado e dedicação à família.
Cada família dessa ilha tem de um a dois fanfines entre seus membros. São considerados o terceiro sexo, nem homem nem mulher, e podem ter comportamento bissexual. Quando se relacionam com o mesmo sexo, isso não é considerado relacionamento homossexual por essa sociedade, e sim heterossexual, por se tratar de relacionamento entre diferentes gêneros. Segundo estudos antropólogicos, nessa cultura os homens locais geralmente iniciam a vida sexual com os fanfines.Na Índia, no Paquistão e em Bangladesh, encontram-se os hijras, que formam uma casta específica e se assemelham às travestis ou às transexuais no Brasil.Podem ser hindus ou mulçumanos.Segundo a Wikipédia, na cidade de Varanasi, ao norte da Índia, entre os hijras e os jankhas ocorrem rituais de castração ou homens se vestirem como mulher, situações que são aceitas e explicadas culturalmente. (...)Em algumas regiões do México são encontrados os muxes, pessoas que compõem o chamado terceiro sexo e que não se definem nem como homens, nem como mulheres. (...)No norte da Albânia, entre os montenegrinos e alguns outros grupos étnicos dos Balcãs ocidentais, local onde se encontram comunidades predominantemente muçulmanas, vige um rígido código de conduta no que se refere aos papéis de homens e mulheres na sociedade.Algumas mulheres, virgens, podem fazer um voto de castidade perante a família, passando, desde então, a assumir a identidade do sexo oposto, na maneira de se vestir e de se comportar, tendo, inclusive, o seu nome trocado. Elas passam, então a ser chamadas de virgens juradas. Tais pessoas passam a ter o direito de chefiar e conduzir a família, com as prerrogativas de homem, e devem passar a vida sem nenhum relacionamento (...)Na Malásia, são igualmente reconhecidos cinco gêneros que recebem nomes próprios e aceitação popular. O curioso é que existe a crença de que todos os gêneros devem conviver e coexistir pacífica e complementarmente.O sacerdote deve ser sempre um indivíduo hermafrodita ou transexual, que terá poderes sagrados e papel relevante perante a comunidade. Possui aparência andrógina e comportamento particular, dirigindo os rituais de fertilidade tradicionais nessa sociedade.Pode-se observar, assim, que as diferentes culturas atribuem diferentes valores e interpretações em relação aos gêneros sexuais, com distintos significados antropológicos, bem como repercussões morais e sociais que merecem estudo e reflexão (MOREIRA, 2017).
Espiritismo TV. Andrei Moreira. Disponível em: <https://www.espiritismo.tv/Vocabulario/andrei-moreira/ . acesso em 2019
MOREIRA, Andrei. Transexualidades sob a Ótica do Espírito Imortal. AME Editora. Belo Horizonte/MG, 2017.
No caso das pessoas travestis e transexuais, creio mesmo que temos uma dívida de amor para com essa comunidade. Se elas não tem vindo à casa espírita, isso se deve, em parte talvez expressiva, à maneira com que são recebidas, aos olhares indiscretos que não ousam dizer nada, mas que fuzilam com a crítica e o preconceito, quando não ao isolamento e exclusão diretos.Nesse sentido, penso ser dever da casa espírita ir ao encontro dessas pessoas e demonstrar o afeto que conquista e a dignificação pessoal que transforma. Isso significa ir até as ruas ou casas onde se prostituem as travestis e mulheres trans e ofertar uma palavra amiga, um convite generoso e fraterno.Ou abrir as portas da casa para grupos de amparo às pessoas e famílias de pessoas transgêneras que passam por dificuldade de autoaceitação ou de aceitação do outro, seu familiar.Jesus não aguardava que as pessoas viessem até Ele, Ele as procurava e as consolava em suas dores para logo depois falar ao coração do filho de Deus que se ocultava por detrás daquela persona ou da máscara social, qualquer que fosse ela, sem nunca discriminar, sem nunca exigir. Ele apenas amava.Para que isso seja vivido, é essencial que a casa espírita se prepare e abra espaço para palestras sobre a temática, perdendo-se o medo tão frequente de abordar temas controversos, o que pode ser conseguido quando olhamos com amor para a pessoa que passa por aquela experiência e percebemos que sua dor e solidão merecem acolhimento e cuidado fraternal.Também é justo e imperioso que se preparem atendentes fraternos, que eles estejam capacitados a abordar esta demanda, por meio de cursos e seminários específicos que devem ser promovidos pelas federativas locais, seja pela iniciativa das próprias casas, unindo grupos e partilhando os estudos para o benefício da coletividade.Talvez a casa a que pertençamos não tenha alguém que se sinta apto a esse estudo, porém a casa vizinha o possui, ou o estado ao lado, competindo ao interesse cristão a tarefa de agrupar os trabalhadores no debate e formação específica nessa área (MOREIRA, 2017).
Espiritismo TV. Andrei Moreira. Disponível em: <https://www.espiritismo.tv/Vocabulario/andrei-moreira/ . acesso em 2019
MOREIRA, Andrei. Transexualidades sob a Ótica do Espírito Imortal. AME Editora. Belo Horizonte/MG, 2017.
Estudando Transexualidades com Andrei Moreira
Ao mudar o sexo o espírito não está mudando uma programação reencarnatória estabelecida para ter os elementos de crescimento dele? Não seria um desrespeito às leis divinas e a Deus querer mudar o que ele definiu?Inicialmente é preciso compreender que não há mudança de sexo quando se realiza a redesignação sexual ou o processo de transição, que é composto por mudanças comportamentais na expressão sexual, hormonioterapia e transgenitalização.O que há é uma adequação anatômica ao sexo de sua identidade psíquica. O corpo continua com os mesmos cromossomas, e não há mudança biológica senão na forma e na expressão.A programação reencarnatória do espírito inicia-se com certas condições de prova que lhe são necessárias ao progresso, no entanto, essas condições não são imutáveis. Muito pelo contrário, elas estão sujeitas à postura do espírito e seu aproveitamento da oportunidade.Desta forma, podemos compreender que à luz da lei de causa e efeito, da escolha do espírito ou da imposição da lei divina, seja necessário àquele espírito reencarnar em uma condição de luta interior que sedimente o aprendizado do respeito a si mesmo, ao afeto e à sexualidade, conforme podemos apreender com André Luiz e Emmanuel.No entanto, esse contexto de reeducação pode ser exatamente a luta pela afirmação de sua dignidade e valor pessoal ou a construção da autoestima e conquista de si mesmo que são feitas enquanto a pessoa trans passa pela briga pela autoaceitação e crescimento pessoal.Nesse movimento, só a pessoa trans sabe do que necessita e considera imprescindível para sua pacificação interior, o que pode incluir ou não a redesignação sexual.Não creio que a mudança do corpo para se adequar à identidade de gênero possa ser interpretada como desrespeito à Deus ou às leis divinas, pois ela é motivada por um desejo de a pessoa se pacificar, estar em harmonia com o que sente ser a sua realidade, libertar-se da disforia de gênero e do sofrimento que impõe isolamento social e solidão, o que frequentemente acarreta depressões profundas e desejo de autoextermínio ou automutilação (MOREIRA, 2017).
Não podemos chamar a disforia de gênero de rebeldia, falta de resignação ou inaceitação do corpo que se tem, isso seria preconceito e visão estereotipada da realidade. A disforia de gênero possui graus diversos, sendo suportável em algumas pessoas trans e insuportável em outras, que necessitam de redesignação sexual total.Temos visto na sociedade a construção das identidades trans se desenvolverem cada vez mais, e nesse processo o corpo e a expressão trans sendo validados e reafirmados como dignos e valorosos.Cada vez mais pessoas trans, sobretudo as que tem acesso ao amparo da comunidade e da visibilidade trans, tem aceitado o seu corpo e se orgulhado de si mesmas como pessoas dignas de valor, espaço, reconhecimento e validação social.Pode-se observar, então, homens trans que demonstram aceitação do seu órgão genital feminino*, sem necessidade absoluta da transgenitalização, e que expressam isso com coragem e autoestima.Compreendemos, portanto, que cada ser conhece "as dores e as delícias de ser o que é", como diria Caetano Veloso, e somente cada um pode definir, em um processo de autoconhecimento e autoamor, o nível da aceitação que lhe é possível de si mesmo, de seu corpo e de sua expressão sexual.O que é inconteste, à luz do conhecimento espiritual e do Evangelho, que a doutrina espírita nos ensina, é que nenhum espírito caminha para adiante no processo evolutivo sem se amar e se respeitar, sem acolher-se integralmente e sem enfrentar as suas lutas necessárias ao aprimoramento de si mesmo.Mas o que faz e como o faz pertence à liberdade e à individualidade de cada ser, respeitosamente (MOREIRA, 2017).
A minha dúvida é sobre os danos perispirituais que possam surgir dessas modificações 'voluntárias' do corpo físico, afinal, nascemos com um determinado gênero por uma razão específica. Deus não nos quer sofrendo, por isso não há 'punição' para quem o faz, a fim de que sane um tormento moral existente, mas poderiam haver consequências dessa espécie de 'mutilação' (se é que posso usar esse termo)?Eu abordei esse tópico no capítulo sobre redesignação sexual e afirmei que, em minha opinião e entendimento, não há dano perispiritual, visto que o corpo astral é comandado pelo corpo mental, onde reside a mente e, portanto, a imagem do ser sobre si mesmo. Emmanuel esclarece que:o perispírito é, ainda, corpo organização que, representando o molde fundamental da existência para o homem, subsiste, além do sepulcro, de conformidade com o seu peso específico. Formado por substâncias químicas que transcendem a série estequiogenética conhecida até agora pela ciência terrena, é aparelhagem de matéria rarefeita, alterando-se de acordo com o padrão vibratório do campo interno. Organismo delicado, extremo poder plástico, modifica-se sob o comando do pensamento.Esse campo interno a que se refere Emmanuel é o campo magnético oriundo da mente e do sentimento, que comanda todas as manifestações do corpo astral e também do corpo físico.Desta forma, só há lesão no corpo astral quando há movimento de agressão franca ao corpo, sustentada pela fixação mental ou conectada a questões morais.Se assim não fosse, os mortos em acidentes e mutilados de qualquer natureza apresentariam igualmente lesões no corpo espiritual decorrente do ato físico, o que sabemos que não acontece, pois o corpo astral reflete o comando mental saudável (MOREIRA, 2017).
A convivência de travestis e transexuais com crianças pode ser uma má influência?A convivência com pessoas trans não é nenhuma má influência, já a convivência com pais preconceituosos e rígidos no papel de gênero, sim, pode ser muito prejudicial.gênero e expressão sexual não estão conectados à caráter nem a comportamentos estereotipados. As pessoas trans são tão equilibradas ou doentes quanto as pessoas cisgêneras, pois ser normal ou anormal, saudável ou doente não depende do gênero, mas do caráter do indivíduo, de sua história e suas decisões éticas perante a vida.Conviver com a diversidade, em qualquer nível, é saudável e promove a inclusão, com expansão de consciência e abertura para novas formas de pensar e existir no mundo, que é diverso, rico em sua pluralidade.é dever dos pais não só promover a convivência como demonstrar respeito, naturalidade e valorização das pessoas trans. E isso se faz pelo exemplo (MOREIRA, 2017).
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