Consequências da Homofobia na vida do homossexual

  💭Estudando a homoafetividade com Andrei Moreira - Consequências da Homofobia na vida do homossexual 

👉Quando a negação predomina ou se apresenta como solução, associada à autorrejeição, muitos homossexuais escolhem tentar as vivências heterossexuais, no desejo de adequar-se à norma ou de se sentirem normais, o que abre campo para múltiplas e complexas situações, envolvendo frequentemente relações extraconjugais, vício em pornografia e relações virtuais, entre outros.
Consequências da Homofobia na vida do homossexual
Na fase da raiva o indivíduo volta-se contra si mesmo ou contra sociedade e é então que muitas vezes recorre a comportamentos autodestrutivos. Muitos exageram e adotam características estereotipadas, identificando-se com o meio homossexual dos guetos ou das apresentações televisivas.

Trata-se de uma forma inconsciente de agredir ou punir a família ou a sociedade da qual fazem parte, a qual acredita seja a responsável pela sua infelicidade de não ser o que deveria ser, já que frequentemente se apregoa que a homossexualidade é consequência de um defeito educacional, o que é fruto da interpretação equivocada das teorias freudianas.

Nessa fase e na depressão, encontramos o risco acentuado de autoextermínio, o que infelizmente acontece com muitos indivíduos. Segundo estudo britânico de revisão de literatura científica, pessoas homossexuais estão mais propensas a doenças mentais, ideação suicida, abuso de substâncias e autoagressão deliberada que pessoas heterossexuais. 

Essa maior propensão é multifatorial e poderia ser explicada, em parte, pela dificuldade de autoaceitação do indivíduo, por conflitos familiares e sociais devido à homofobia, que aumentaria o nível de estresse psicológico, identificação do indivíduo com o gueto gay e disponibilidade de álcool e drogas.

Na fase da barganha, o indivíduo começa a fazer trocas com a vida, desejando deixar de sentir o que sente ou ser o que é. Começa a fazer promessas, trocas com Deus ou com os Espíritos superiores. 

Muitos se voltam para as religiões e as tarefas espíritas, como a desejar que o trabalho os liberte do inferno interior causado pelo desejo "pecaminoso" que os faz infelizes, ou que os liberte dos processos obsessivos, que acreditam ser a causa da homossexualidade, e lhes dê a "glória" do desejo heterossexual, que os faça pessoas normais e aceitas por si mesmos e no meio social.

Quando nada disso ou nenhum outro método atinge seu objetivo e o indivíduo se percebe com a identidade homossexual, muitas vezes sem o apoio da família e dos amigos, e mesmo do meio religioso de qualquer credo a que esteja vinculado, ele se sente profundamente só e triste, caminhando para a depressão, que é a cronificação da tristeza associada à ausência do prazer de viver.

Essa condição tem repercussões físicas e psíquicas intensas, podendo associar-se a quadros de fobias, ansiedade e pânico, além de tentativas de autoextermínio, como frequentemente se observa na prática clínica.

A visão negativa da homossexualidade, presente com frequência nos estereótipos e sacarmos da mídia e da cultura popular, favorecem a autorrejeição, dificultando o processo de aceitação e autoamor.

Pesquisas mostram que assumir publicamente ou revelar a condição sexual e afetiva, para aqueles que se identificam internamente como pessoas homossexuais, é um fator de alívio do estresse psicológico, de adaptação à sua condição real, de obtenção de suporte familiar e social e de aumento da autoestima.

Todo esse processo que envolve conflitos e decisões internas pode ou não culminar na autoaceitação, dependendo da forma como o indivíduo lidar consigo mesmo e com o meio social. O conflito pode durar toda uma vida e o estado depressivo tornar-se a condição considerada normal do indivíduo, até que ele decida se encarar com autenticidade, enfrentar seus medos e recalques e dar o passo decisivo para a vitória: o autoamor (MOREIRA, 2012, P. 183-186).👈

Comentários

Anônimo disse…
eu como homossexual sempre mim perguntei pq que a vida pregas peças dessa forma assumi a sua verdadeira identidade em uma sociedade preconceituosa que descrimina e banaliza pessoas como as vezes se torna muito complicado viver nesse mundo injusto onde eu vivo.Mais uma vez eu pergunto pq a vida e´ assim
Olá.
Pedimos mil desculpas pela demora em responder os comentários. Com a pandemia as coisas ficaram meio confusas, mas agora voltamos a regularidade do Blog. Então, a desinformação foi o que, até a atualidade, deu asas aos preconceitos.

Felizmente, na atualidade, temos assistido o romper gradativo desta realidade, em que direitos são ampliados, canais passam a difundir novos pontos de vista, novos entendimentos e, aos poucos, a tendência é de melhorias para todas as diferenças. O avanço da inteligência humana já não permite que certas posturas preconceituosas passem 'batidas'.

Nesta semana postamos um artigo que traz diveresos links que podem colaborar para a sua reflexão. Digite na busca aqui do Blog o título
Descobriu-se LGBT? Keep Calm e leia este artigo

Depois diga o que achou.
Abraços.

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