Respondendo a internautas: Tema Suicídio

Nesta semana fomos marcadxs(@estudosespiritaslgbt) em nossas redes sociais com algumas questões que achamos interessante trazer para o Blog, primeiro porque podem ser questões de muitas outras pessoas e segundo como incentivo para que o nosso público interaja conosco. 

Sempre damos uma passada pelas redes a noite, a fim de responder questões quando colocadas. Vamos lá:

QUESTÃO: Porque nascemos de novo com a vontade de morrer? Se isso é algo visto como errado porque é nos dado essa vontade? Sabendo que e tão difícil fugir dela, já com todos os seus karmas, cobranças, provações. Não deveria ser o suicídio uma maneira de dizer "se eu vim de algo além dessa terra que eu não volte para cá ". Temos que ver que não pedimos para nascer e se viemos de algo maior, temos o direito de escolher ficar lá ou aqui. Somos perfeitos em Deus não é mesmo? 

RESPOSTA: Segundo o Espiritismo, pedimos para nascer. E pedimos porque o renascimento significa sempre novas oportunidades de construção da vida, para que a pessoa cresça em habilidades, em boas aspirações para a existência. 

Antes de olhar carmas, punições, provações e cobranças, é preciso olhar as oportunidades de bem viver. Há uma psicografia de André Luiz ao Chico, no livro Ação e Reação, em que o orientador espiritual diz, em outras palavras, que o bem viver, a prática do bem a si e as demais pessoas, é capaz de anular os carmas, as punições, as provas e expiações. Percebemos com isso que a vida não é, fatalmente, sofrer, provar, "pagar". 

Quanto ao nascer com desejo de morrer, renasce-se com o desejo porque ele está arraigado na pessoa. O "outro lado" não te transforma em algo diferente do que você já é. Então, até que a pessoa encontre-se consigo mesma, com suas aspirações e desejos de construções, que chamamos projetos de vida, razões para viver, vai desencarnar e reencarnar precisando se resolver consigo mesma. Parte e volta com os sentimentos que cultiva como espírito. 

A necessidade é a de que a pessoa se reconcilie consigo mesma enquanto está aqui, encarnada; busque trilhar caminhos de bem viver, naquilo que lhe dá prazer, que alimenta a autoestima, o querer-se bem, para que assim, supere o desejo de morrer. 

Lembramos ainda que a morte, tal como pensa uma pessoa suicida, não existe. Não há aniquilação do Espírito (ou alma, como chama a Escola Católica de fé Cristã). O livro Memórias de um suicida, psicografia de nossa querida Yvone do Amaral, traz essa realidade: "acorda-se" do "outro lado" tal como somos "do lado de cá", o que mais uma vez reafirma que renascemos com o desejo de morrer, se não aprendemos, em algum lugar da vida, a sentir outra coisa.

Abraços e até a próxima oportunidade.