Exercício da esperança em busca da plenitude

Exercício é algo que a gente repete com insistência, a fim de fixar uma lição ou a fim de alcançar um resultado, ou ainda, a fim de manter um resultado. É assim com os exercícios de fixação do saber. É assim com os exercícios físicos.

Em matéria de espiritualidade os exercícios se nos apresentam como convites preciosos:

*meditar na comunicação dos espíritos, lembrando-se que, antes mesmo do ensinamento que trazem (ou da perturbação que provocam, quando extremamente inferiores) está o mérito da comunicação em si, desfazendo a penumbra que tolda a nossa visão enquanto seres encarnados e traz a impressão de estarmos por demais distanciados das pessoas que compõem o plano espiritual, tão adjunto ao nosso plano.

*Criar o hábito de colocar-se além da cotidianidade e silenciar-se para a prece que vai além das palavras e se expressa através do sentimento. Principalmente o de gratidão: pelas oportunidades das horas, dos anos, da passagem do tempo, que possibilita conquistas, desafios-aprendizagens, dores-construções do espírito.

*Não se esquecer que em toda e qualquer circunstância na Terra, embora não se perceba, vive-se a realidade do espírito, é-se espírito e essa consciência precisa prevalecer sobre a impressão meramente material.

Exercícios que cumprem um grande objetivo da comunicação dos espíritos: elevar espíritos encarnados a condição de seres felizes através do conhecimento e da esperança, para que, mesmo encarnados, se sintam seres plenos.

Ser pleno não significa anestesiar-se diante das angústias que nos são naturais devido a condição material; não significa tornar-se indiferente as questões que afligem a realidade de tantas outras pessoas a nossa volta; significa, antes, conduzir-se ao longo do tempo ciente do que se é (espírito) e sabendo que não está sozinho(a)(x). Que as realizações tem cada uma o seu tempo. Que o familiar, amigo, vizinho, amor, que partiu deste plano encontra (alguns mais cedo outros mais tarde) igualmente, do outro lado, amparo amoroso de benfeitores que os conduzem, auxiliando-os em suas necessidades.