Espírito Carlos fala sobre atualidades

Psicografia na Associação Médico Espírita de MG: Espírito Carlos fala sobre atualidades
Médium: Roberto Lúcio Vieira de Souza
Espírito: Carlos
Local: Associação Médico Espírita de Minas Gerais - AMEMG
Data: 31/05/2017
Fonte: Livro Transexualidades sob a ótica do Espírito imortal - Andrei Moreira


Carlos, em suas últimas encarnações foi médico e sacerdote espanhol, é mentor do médium e um dos orientadores espirituais da Amemg.
Cada novo tempo é demarcado pelas inovações que se apresentam, causando repercussões nos mais diversos campos de expressão da vida, a conclamar avaliações, reavaliações e posicionamentos, que fazem realçar os grupos e trazem uma ampliação de conhecimentos e posturas as quais constroem transformações imprescindíveis para a evolução, quebrando parâmetros ultrapassados e trazendo novos paradigmas ou novas formas de expressão de verdades milenares, guardadas através de lições figuradas ou por ensinamentos esotéricos.
A atualidade demarca-se por uma avalanche de conhecimentos, tecnologias e expressões vivenciais nunca conhecidos, até então, pelo volume e por sua intensidade. O progresso, a globalização, as mudanças sociais e os questionamentos cada vez mais pontuados obrigam a novos posicionamentos que não podem ser deixados de lado.
No entanto, todo esse construto de características novas, ou de roupagem nova, não significa atendimento aos que buscam a chamada verdade ou aos que querem a vivência nobre, que significa ética e dignidade.
O planeta enfrenta mais e mais a expressão de ideias, posturas e recursos que não podem ser apenas apresentados ou vivenciados, mas precisam passar pelo crivo do Evangelho sintetizado por Paulo de Tarso: "Tudo me é lícito, mas nem tudo me convém" (1 coríntios 6:12). No entanto, as respostas não podem sair apenas de ações antigas determinadas pela afetividade ou pela ignorância, porque isso se chama preconceito. Nem, entretanto, serem aceitas, divulgadas e propagadas sem os cuidados éticos e embasamento na justiça e no bem, porque serão certamente tidas como libertinagem e leviandade.
Entretanto, tentar colocá-las sobre o véu do esquecimento, da conveniência ou do comodismo nada ajudará os homens. Até porque já não é mais possível cobrir o que quer que seja e crer que não será descoberto ou denunciado por indivíduos ou grupos.
A "nuvem de testemunhas" (Hebreus 12: 1), tão bem assinalada pelo apóstolo Paulo, se materializou e age pela globalização em todas as partes do planeta, obrigando a todos a verem e presenciarem, queiram as criaturas ou não. Em todos os campos da sociedade tais reações são visíveis. Mas, de maneira especial, no campo da sexualidade, tais situações são mais e mais presentes, cobrando-nos entendimento, compreensão, respeito e acolhimento.
É preciso e necessário, portanto, que se abram mais espaços para que tais questões sejam discutidas e esclarecidas. Entretanto, se as mãos que escrevem ou as bocas que falam insistem em fazer um colorido individual, isso é apenas um ponto de vista. Se os homens, sem questionar, sem avaliar e compreender, teimam em dar respostas a a partir de conceitos antigos, isso é preconceito.
Se outros, impensadamente, se abrem para o novo e o aceitam sem quaisquer buscas de melhor entendimento e avaliação de conhecimentos, isso é só encanto, mesclado pela leviandade.
A humanidade, apesar de toda essa avalanche, convive com uma quebra incomparável de paradigmas, depara-se mais e mais com incertezas e se percebe em atitudes que causam sofrimentos e decepções. Tudo isso ocorre por uma falta de um referencial, não que ele não seja uma realidade, mas é que as criaturas preferem abandonar o encontro com o referencial da verdade e do amor e conviver com o comodismo e com as conveniências sociais e afetivas que lhes atendem momentaneamente e provocam consequências futuras de características desastrosas.
Nunca se falou tanto em Deus e nunca tantos se afastaram Dele como nos momentos atuais, para se fecharem no egoísmo. É preciso retomar tais caminhos e o grande referencial. Esse é um legado que foi dado à humanidade em todos os tempos, em todas as culturas, e que não pode ser esquecido. Sem ele, as falas são opiniões e as posturas são apenas convencionalismos. 
Jesus, o Mestre Divino, ensina-nos o referencial em palavras simples e passíveis de compreensão de todos ao dizer: "Façai aos outros aquilo que queríeis que os outros vos fizessem". Kardec, o sábio do Espiritismo, em sua mais sublime expressão dá-nos o caminho, ao relembrar-nos a afirmativa naquele período já vigente de que "a fé verdadeira é aquela que pode encarar a razão face a face em todas as épocas da humanidade".
(...) o homem, filho de Deus, esteja onde, quando, e da maneira como estiver, precisa ser respeitado, dignificado, acolhido, porque é papel de cada irmão estar apto a amparar o que sofre e promover o que se vence a si mesmo. Que as controvérsias sejam oportunidades de crescimento e os preconceitos abandonados no nobre serviço de cuidar da dor e do sofrimento.
Muita paz,
Carlos.

Referência
MOREIRA, Andrei. Transexualidades sob a Ótica do Espírito Imortal. AME Editora. Belo Horizonte/MG, 2017.



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