O que disse Joana de Ângelis sobre Amor, sexo, prazer e espiritualidade

 


oioi pessoas, tudo bem com vocês? 

Esperamos que sim!!

No momento estamos explorando o livro Amor, Imbatível Amor, psicografia do médium Divaldo Franco, ditado pelo espírito Joana de Ângelis, no ano de 1998.

Estamos explorando os primeiros capítulos e, assim, tecemos os primeiros comentários e vamos acrescentando mais postagens sobre o tema, conforme surjam comentários a fazer.

Os primeiros subtítulos do livro exploram os temas amor, sexo, prazer e espiritualidade. Prevalece a visão geral de que o sexo precisa do amor para ser uma experiência que alimenta o espírito imortal que somos, pois é o amor que faz o sexo ter sabor e significado (simplificando a linguagem)

Da mesma forma explora o tema prazer sob a mesma linha de raciocínio, a de que o prazer ligado ao 'bem' é dádiva divina. E o conceito de 'bem' se resume a tudo que não prejudica as outras pessoas. 

O termo prazer é apresentado também em sua forma mais ampla, abrangendo o prazer de viver, de conquistar metas, ideais...

Sobre o prazer sexual, critica fortemente a sua busca mecânica, dissociada dos sinceros sentimentos que almeja a alma. Convenhamos, laaaaaaa no fundo o que todo mundo quer é ser amado(a), mesmo que viva "passando rodo" (o que vemos como uma experiência de vida também, que leva a conclusões edificantes conforme a gente amadurece)

"Passar rodo" é sempre um comum acordo com a outra pessoa; sexo combinado não é enganado, não é mesmo? Ou pelo menos é assim que deve ser quem está passando rodo; quem está 'só ficando'. Rsrsrs. Engana ninguém não viu gente!!! DICA PARA O PÓS PANDEMIA. HAHAHA.

Não se assuste o nosso leitor com o comentário acima. Lembramos sempre a vocês que as pessoas se encontram em faixas variadas de experimentações, e nelas acabam construindo ou descobrindo os próprios valores e seus reais sentimentos. Não mencionar as diversas experiências por que passamos ao longo da vida é ser negacionista diante de uma ampla vista da realidade que nos cerca.

Voltando a análise que tecemos destes primeiros textos, possuem a intenção de contribuir para que a gente rompa com visões totalmente castradoras que não raro ainda encontramos em nosso meio. Ao mesmo tempo orienta uma forma de viver o amor, o sexo, o prazer: com espiritualidade, ou seja, aplicando valores, princípios, buscando observar o lado da outra pessoa, cuidando dessa outra pessoa que nos proporciona o seu tempo, a sua presença, e a coisa mais dela que ela tem, o seu corpo (com sua alma). E isso é muito bacana, não é mesmo?!!!

No subtítulo n. 04, sexo e amor, você se depara com um encerramento que seria para nós um balde de água fria não fosse a evolução do pensamento  (no meio espírita também) sobre o sexo para além da função reprodutiva, pois o texto é finalizado da seguinte forma: "o amor é o doce enlevo que embriaga de paz os seres e os promove aos píncaros da auto-realização, estimulando o sexo dignificado, reprodutor e calmante" (ANGELIS, 1998). 

A correção da afirmativa vem novamente pelas mãos de Ângelis, no ano de 2007, através do livro Encontro com a paz e a saúde, também psicografado pelo médium Divaldo Franco, em que conclui: "A interiorização do sentimento de amor depois de trabalhado com esmero, expande-se dignificante e rico de bênçãos em todas as áreas do comportamento humano, não apenas expressando-se elevado nos relacionamentos heterossexuais" (ANGELIS, 2007) (uffff, alívio teórico referencial neh. rsrsrs). Sendo assim, aplicaremos a nossas relações homoafetivas todas as reflexões relativas ao amor, sexo, prazer e espiritualidade.

Mais uma vez, voltando aos textos que estimularam o post de hoje, vamos a alguns recortes. Recorte 01: Amor e Sexo

Assim como o ar é indispensável para a existência orgânica, o amor é o oxigênio para a alma(...). 

O amor não se apega, não sofre a falta, mas frui sempre, porque vive no íntimo do ser e não das gratificações que o amado oferece. O amor deve ser sempre o ponto de partida de todas as aspirações e a etapa final de todos os anelos humanos. 
O amor se expressa como sentimento que se expande, irradiando harmonia e paz, terminando por gerar plenitude e renovação íntima. Igualmente se manifesta através das necessidades de intercâmbio afetivo, no qual os indivíduos se completam, permutando hormônios que relaxam o corpo e dinamizam as fontes de inspiração da alma, impulsionando para o progresso.
Sob a sua inspiração as funções sexuais se enobrecem e a sexualidade se manifesta rica de valores sutis: um olhar de carinho, um toque de afetividade, um abraço de calor, um beijo de intimidade, uma carícia envolvente, uma palavra enriquecedora, um sorriso de descontração, tornando-se veículo de manifestação da sua pujança, preparando o campo para manifestações mais profundas e responsáveis. 
O amor dulcifica e acalma, espera e confia. É enriquecedor, e, embora se expresse em desejos ardentes que se extasiam na união sexual, não consome aqueles que se lhe entregam ao abrasamento, porque se enternece e vitaliza, contribuindo para a perfeita união. (ANGELIS, 1998)

Lembrando a vocês homossexuais que quando o trecho fala em funções sexuais não se está restringindo o entendimento a reprodução, diz sim da troca afetiva entre indivíduos. A esta altura de nossos estudos já compreendemos o sexo para além da função reprodutiva, em falas do próprio Chico, em textos da própria Joana. Feita esta ressalva passemos para o recorte de texto 02: o prazer

O prazer se apresenta sob vários aspectos: orgânico, emocional, intelectual, espiritual, sendo, ora físico, material, e noutros momentos de natureza abstrata, estético, efêmero ou duradouro, mas que deve ser registrado fortemente no psiquismo, para que a existência humana expresse o seu significado. (...)

Por uma herança atávica, grande número de pessoas tem medo do prazer, da felicidade, por associá-lo ao pecado, à falta de mérito, que se tornaria uma dívida a resgatar, ensejando à desgraça vir-lhe empós, ou, talvez, como sendo uma tentação diabólica para retirar a alma do caminho do bem. 

Tal castração punitiva, que se prolongou por muitos séculos, ao ser vencida deixou uma certa consciência de culpa, que liberada, vem conduzindo uma verdadeira legião de gozadores ao desequilíbrio, ao abuso, ao extremo das aberrações.     

(keep kalm, extremo das aberrações não é a gente, não é homossexualidade não, viu pessoal. Ela não cita a que exatamente se refere, mas se alguém te disser que é de homossexualidade que está falando, mostre a esse alguém o link grifado acima, em que a própria Joana coloca homossexualidade como condição natural.)

Como efeito secundário, ainda existem muitas pessoas que temem o prazer ou que procuram dissimulá-lo, envolvendo-o em roupagens variadas de desculpismos, para acalmar seus conflitos subjacentes.

Acentuamos, porém, que o prazer é uma força criadora, predominante em tudo e em todos, responsável pela personalidade, mesmo pela esperança. Muitas vezes, é confundido com o desejo de tudo possuir, a fim de desfrutar, mais tarde, da cornucópia(*1) carregada de todos os gozos, preferentemente o de natureza sexual. (...)

Essa libido tormentosa, veiculada pela mídia e exposta nas lojas em forma de artefatos, torna-se aberração que passa para exigências da estroinice(*2), resvalando nos abismos de outros vícios que se lhe associam.

*1- Ler Joana de Ângelis te leva a uma grande amizade com os dicionários e, de forma muito especial, com a Wikipédia. 

Cornucópia é um símbolo representativo de fertilidade, riqueza e abundância. Na mitologia greco-romana era representada por um vaso em forma de chifre, com uma abundância de frutas e flores se espalhando dele. Hoje, simboliza a agricultura e o comércio, além de compor o símbolo das ciências econômicas (wikipédia)

Imagem: Google Imagens

*2-  Estroinice significa leviandade na maneira de agir

Assim, exploramos os quatro primeiros subtítulos do livro Amor, Imbatível amor. Encontramos nele um trecho que ainda pode ser explorado para justificar posturas que supervalorizam a função reprodutiva do sexo em função das demais. Demonstramos que a própria autora apresenta a ampliação deste entendimento, alguns anos mais tarde; e bora todos nós amar, por que amar é bom. Rsrsrs.

Abraços e até o próximo


Referências

Ângelis, Joana de. Franco, Divaldo. Amor, imbatível amor, 1998. Disponivel em:<https://drive.google.com/file/d/0B9CFzVtKHMeYWmV1a3A0UUdRS0E/view> acesso em out. 2020

______. Encontro com a Paz e a Saúde. Editora Leal, 2007. Disponivel em<http://files.comunidades.net/portaldoespirito/Joanna_de_Angelis__Encontro_com_a_Paz_e_a_Saude.pdf> Acesso em 09/2016.

Significado de estroinice em: < https://www.google.com/search?q=estroinice+definicao&oq=estroinice&aqs=chrome.4.69i59j69i57j0l6.6311j1j7&sourceid=chrome&ie=UTF-8> acesso em out. 2020

Wikipédia. significado de cornucópia em <https://pt.wikipedia.org/wiki/Cornuc%C3%B3pia> acesso em out. 2020

 

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