Allan Kardec - dezembro de 1855, meu espírito protetor
Você esbarra por aí com os ensinamentos espíritas e não sabe bem de onde vieram? Fica se perguntando quem 'inventou' tudo isso? Ouviu os comentários negativos de outras religiões sobre Allan Kardec?
Boa leitura Bees.
O título O diário de Alan Kardec vem para esta postagem porque compila textos do livro Obras Póstumas em que o autor descreve a sua experiência com os fatos que o levaram a descobrir/definir/identificar uma nova doutrina: o espiritismo.
Surgimento do Espiritismo: O contexto do século XIX na Europa
11 de dezembro de 1855
(Em casa do Sr. Baudin; médium: Sra. Baudin)
MEU ESPÍRITO PROTETOR
Pergunta (Ao Espírito Z.)
— No mundo dos Espíritos algum haverá que seja para mim um bom gênio?
Resposta — Sim.
P. — Será o Espírito de algum parente, ou de algum amigo?
R.— Nem uma coisa, nem outra.
P. — Quem foi ele na Terra?
R.— Um homem justo de muita sabedoria.
P. — Que devo fazer, para lhe granjear a benevolência?
R.— Todo o bem possível.
P. — Por que sinais poderei reconhecer a sua intervenção?
R.— Pela satisfação que experimentarás.
P. — Terei algum meio de o invocar e qual esse meio?
R.— Ter fé viva e chamá-lo com instância.
P. — Reconhecê-lo-ei, depois da minha morte, no mundo dos Espíritos?
R.— Sobre isso não pode haver dúvida; será ele quem virá receber-te e felicitar-te, se houveres desempenhado bem a tua tarefa.
NOTA — Vê-se, por estas perguntas, que eu era ainda muito noviço acerca das coisas do
mundo espiritual.
P. — O Espírito de minha mãe me vem visitar algumas vezes?
R.— Vem e te protege quanto lhe é possível.
P. — Vejo-a frequentemente em sonho. Será uma lembrança e um efeito da minha imaginação?
R.— Não; é mesmo ela que te aparece; deves compreendê-lo pela emoção que sentes.
NOTA — Isto é perfeitamente exato. Quando minha mãe me aparecia em sonho, eu experimentava uma emoção indescritível, o que o médium não podia saber.
P. — Quando, faz algum tempo, evocamos S. e lhe perguntamos se poderia ser o gênio protetor de um de nós, ele respondeu: “Mostre-se um de vós digno disso, e estarei com esse; Z. vo-lo dirá.” Julgas que eu poderei merecer esse favor?
R.— Se o quiseres.
P. — Que me é necessário para isso?
R.— Fazer todo o bem que possas e suportar com coragem as penas da vida.
P. — Pela natureza da minha inteligência, terei aptidão para penetrar, tanto quanto ao homem for permitido fazê-lo, as grandes verdades acerca do nosso destino futuro?
R.— Sim, tens a aptidão necessária, mas o resultado dependerá da tua perseverança no trabalho.
P. — Poderei concorrer para a propagação dessas verdades?
R.— Sem dúvida.
P. — Por que meios?
R.— Sabê-lo-ás mais tarde; enquanto esperas, trabalha.
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