Ser LGBT não é prova nem expiação



O motivo da escrita do texto de hoje é desmistificar a afirmação ainda circulante dentre espíritas conservadores de que ser gay, lésbica ou trans é, em si, uma prova ou expiação. Esse ponto de vista foi amplamente difundido no movimento espírita naqueeeeeeeee...la época em que a psiquiatria afirmava a homossexualidade como doença. 

As afirmações espíritas caminham com a evolução científica de cada momento histórico, respeitando o saber (e os limites deste saber) da humanidade encarnada. Atualmente a homossexualidade é entendida pela ciência como uma variação da sexualidade na natureza; não apenas da sexualidade humana, como também do comportamento sexual dos animais.

Estudos científicos a respeito da transexualidade também caminham no sentido de demonstrar os mecanismos genéticos e químico-hormonais que determinam a formação de nosso sexo, apontando que ser trans está ligado a bagagem genética e a sua expressão fenotípica. Nesta linha de raciocínio aponta-se para a naturalidade das expressões transexuais, o que possibilita a sua retirada da condição de doença.

A literatura espírita, em diversos recortes, nos coloca o termo polaridades para se referir ao masculino e ao feminino e ensina que o espírito (nós) encarnamos ora numa polaridade ora noutra, para desenvolver as habilidades que estão latentes, adormecidas. Escolhe em qual nascer dependendo das tarefas que irá desenvolver, das lições, dos aprendizados de que necessita. A identidade de cada um de nós é a soma das experiências que já vivenciamos ao longo das encarnações. 

homossexualidade e naturalidade

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